Brasil não dá bola para altitude de La Paz e goleia a Bolívia nas Eliminatórias
Nesta terça, se em termos de classificação a partida contra a Bolívia não tinha impacto nenhum, o duelo a 3.600 metros de altitude
Agência Brasil –
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A temida altitude, dessa vez, foi um mero detalhe para uma seleção que não soube o que é perder nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar. Com dois gols de Richarlison, um de Lucas Paquetá e outro de Bruno Guimarães, o Brasil goleou a Bolívia por 4 a 0 e chegou invicta ao fim do qualificatório para o Mundial. Com 45 pontos, a seleção agora fica à espera do duelo suspenso contra a Argentina para sacramentar de vez uma campanha quase irrepreensível. O duelo ainda não tem data e local definidos.
Nesta terça, se em termos de classificação a partida contra a Bolívia não tinha impacto nenhum, o duelo a 3.600 metros de altitude serviu para a seleção alcançar algumas marcas e para Tite fazer alguns testes. No fim, pode-se dizer que o saldo acabou sendo positivo.
A vitória deu ao Brasil o título simbólico das Eliminatórias Sul-Americanas com recorde histórico de pontos. Também deverá ser suficiente para alçar a seleção à liderança do ranking da Fifa. O ganho mais significativo, contudo, esteve na boa resposta de alguns jogadores que foram testados pelo treinador e na afirmação de outros.
Com sete mudanças em relação ao time que goleara o Chile na semana passada – duas por necessidade, cinco por opção -, a seleção conseguiu manter sua característica de jogo, apesar da perda de qualidade em função da altitude. O Brasil deteve por mais tempo a posse de bola e foi mais agressivo ofensivamente do que a Bolívia.
Um dos três titulares de linha que permaneceram, Lucas Paquetá mostrou mais uma vez que tem tudo para estar na Copa do Mundo. Meio-campista mais avançado, foi ele o autor do gol que abriu a contagem após ótima infiltração pelo meio. O passe veio de Bruno Guimarães, que entrou na vaga de Fred e serviu como motorzinho do time na primeira etapa. Nesse ponto, Tite certamente gostou do que viu.
Na frente, Philippe Coutinho, dessa vez, não conseguiu repetir as boas atuações dos últimos jogos. Um pouco mais retraído, armou pouco e quase não chegou à área. Antony, outro que permaneceu na equipe, também sentiu os efeitos da altitude. Bastante aberto pela direita, teve dificuldades em calibrar o chute. Ainda assim, fez a jogada que culminou no gol de Richarlison, no fim do primeiro tempo.
Os maiores problemas da seleção estiveram no setor defensivo. Nas alas, Dani Alves e Alex Telles não foram opção para o apoio porque o fôlego poderia ser um inimigo implacável na hora de fazer a recomposição. Fabinho também não conseguiu ter a amplitude de Casemiro e cometeu erros bobos à frente da área. Entre os zagueiros, Marquinhos e Militão demonstraram bom entrosamento.
Com o placar favorável e sem receber nenhum tipo de pressão dos bolivianos, o Brasil jogou leve no segundo tempo. Martinelli entrou na vaga de Coutinho e teve lampejos ofensivos, mas pecou na finalização. As melhores jogadas ofensivas, no fim, vieram da dupla de meias Bruno Guimarães e Paquetá. E foi por intermédio deles que a seleção fechou o placar. Aos 21, Paquetá aproveitou sobra de bola na entrada da área e levantou para Bruno Guimarães marcar um golaço. Aos 44, o volante ainda participou do lance que encontrou Richarlison na pequena área para fazer o quarto.
FICHA TÉCNICA
BOLÍVIA 0 X 4 BRASIL
BOLÍVIA – Rubén Cordano; Quinteros, Carrasco e Sagredo; Villamíl (Ramiro Vaca), Herrera (Yesit Martínez), Villarroel, Chura (Franz Gonzáles) e Roberto Fernández; Henry Vaca e Marcelo Moreno. Téc. César Farías
BRASIL – Alisson; Dani Alves, Marquinhos, Eder Militão e Alex Telles (Guilherme Arana); Fabinho, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Philippe Coutinho (Martinelli), Richarlison e Antony. Téc. Tite
GOLS – Lucas Paquetá, aos 24, e Richarlison, aos 44 do primeiro tempo; Bruno Guimarães, aos 21, e Richarlison, aos 45 do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Henry Vaca.
ARBITRAGEM – Eber Aquino (PAR)
PÚBLICO – Não informado.
RENDA – Não informado.
LOCAL – Estádio Hernando Siles, em La Paz (BOL).
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