Amor pelo time: Celso e Ucley já deixaram de esposa a emprego para acompanhar Operário nos jogos
Torcedores fanáticos pelo galo sul-mato-grossense colecionam histórias com o clube
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Quando o assunto é o Operário não há relacionamento duradouro e nem emprego que prendam os torcedores apaixonados Ucley Souza, de 48 anos, e Celso Mendes, de 49. Torcedores fanáticos há anos, a dupla coleciona histórias junto ao galo e tem muito em comum.
Roxo pelo time desde 1987, Celso já passou poucas e boas junto com o Operário. “Conheço o time da época que a sede era na [Avenida] Bandeirantes, de onde fomos despejados”, contou ele ao Jornal Midiamax. “Conheci no Morenão, onde eu sempre me emociono quando piso. Faço até uma oração”, continuou.
O Operário leva na história os trabalhadores da construção civil, já que foi fundado por eles. Esse fato aproxima ainda mais tanto Celso, que é mestre de obras, quanto Ucley, que é pedreiro. Inclusive, com um grande acervo de fotos e vídeos, Ucley — ou mano Cley, como é conhecido — sonha em fazer um documentário para homenagear o time.
“É uma forma de tentar trazer mais torcedores pra eles sentirem a mesma emoção que senti e ajudar realizar um sonho: ver o galo grande novamente e o Morenão cheio como foi nos anos 70 e 80”, explicou ele à reportagem. “Já extraviei dois celulares. Somando tudo dá uns 128 gigas só de fotos e vídeos da torcida”, lamentou.
“Ela pediu para eu escolher”
Conforme Celso, ele já deixou até a mulher para trás para acompanhar o Operário. “Onde ele [time] estiver eu estou. Já larguei da mulher para seguir ele. Ela mandou eu escolher”, relatou o mestre de obras, que deixou para trás um relacionamento de mais de 30 anos. Porém, a história terminou bem: “Eu escolhi né. Aí ela viu que não tinha jeito e a gente voltou depois”, finalizou.
Já Ucley deixou para trás o trabalho em uma obra e quando retornou teve uma surpresa. “Passamos a noite em Uberlândia [Minas Gerais] no outro dia fomos até Patrocínio. Tava envolvido em uma reforma, como fiquei dias fora, quando cheguei tinha outro no meu lugar”, contou.
Emoção
O Operário fisgou os torcedores mesmo pelo coração. “Fui a primeira vez no jogo, mas até então não era antenado em Futebol. Achei o jogo muito intenso, o amor da torcida pelo clube é o que fez eu apaixonar mesmo. A torcida, os cânticos, a batucada”, relembrou mano Cley.
Para Celso, que era da torcida e agora é controlador de acesso do comando do Operário, a paixão vem dentro. “Operário é minha única paixão, não torço para time nenhum. O mais importante é ajudar o nosso galo não ser esquecido”, declarou.
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