Alemanha quebra escrita e elimina Itália após 18 pênaltis

Campeã mundial precisou das cobranças de pênalti para avançar às semifinais 

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Campeã mundial precisou das cobranças de pênalti para avançar às semifinais 

Após quatro eliminações nos quatro confrontos anteriores entre as duas seleções em mata-matas, a Alemanha em fim foi à forra contra a Itália neste sábado. A atual campeã mundial precisou das cobranças de pênalti para avançar às semifinais da Eurocopa. Em Bordeaux, a equipe comandada por Joachim Low até teve o controle da partida, porém cedeu a igualdade por 1 a 1 aos italianos no tempo regulamentar. No desempate, foram 18 cobranças até que a classificação alemã fosse garantida, com vitória por 6 a 5.

Apesar da alegria por avançar no torneio continental, a Alemanha não conseguiu quebrar um tabu diante da Itália, seleção que nunca derrotou com a bola rolando em torneios oficiais. Foram quatro derrotas (nas Copas do Mundo de 1970, 1982 e 2006 e na Eurocopa de 1996) e quatro empates (nas Copas do Mundo de 1962 e 1978 e nas Eurocopas de 1988, 2012 e agora 2016) até então.

A primeira vitória quase foi alcançada neste fim de semana. Ozil abriu o placar aos 19 minutos do primeiro tempo e trouxe tranquilidade à quase toda a equipe alemã. Não para Jérôme Boateng, que ergueu demais os braços em um cruzamento de Florenzi e cometeu um pênalti aos 32. Bonucci bateu com categoria e converteu.

Classificada quando esteve novamente na marca da cal, a Alemanha descobrirá o time que enfrentará na semifinal de quinta-feira, no Vélodrome, no domingo. A anfitriã França encerrará a fase de quartas de final contra a surpreendente Islândia, no Stade de France.

O jogo – A Alemanha sofreu uma baixa em menos de 15 minutos. Khedira lesionou a virilha e precisou ser substituído por Schweinsteiger no momento em que a sua seleção ainda tentava se soltar contra a sempre comedida Itália.

Apesar de ter um time mais técnico, a Alemanha demorou a incomodar. Chegou a rondar a área italiana com troca de passes, mas não fazia a bola chegar a Thomas Muller e Mario Gómez em boas condições para eles abrirem o marcador.

Aos 27 minutos, Schweinsteiger até acertou a rede com uma cabeçada, depois de cruzamento da esquerda, porém cometeu falta em De Sciglio ao finalizar. Outra boa oportunidade, só no final da primeira etapa. Aos 42, Muller ficou com a bola dentro da área após lance confuso de Kroos e Kimmich e chutou fraco. Buffon defendeu.

Embora fosse mais cautelosa, a Itália era objetiva quando atacava. Como aos 44 minutos, quando Giaccherini recebeu lançamento na esquerda, foi à linha de fundo e cruzou com perigo para trás. Sturaro aproveitou no bico da área e bateu cruzado, com desvio. Para fora.

O lance fez a Itália criar uma passageira coragem para investir contra a Alemanha nos primeiros minutos do segundo tempo. Com o controle do jogo retomado, os alemães construíram a sua melhor jogada até então aos nove minutos. Gómez invadiu a área e tocou para Muller, que clareou e concluiu com firmeza. Florenzi salvou com o pé.

Disposta a acuar a Itália – e contando com o apoio de seus torcedores, que passaram a se manifestar com mais entusiasmo -, a Alemanha avançou as suas linhas. Os italianos responderam com faltas mais duras, que renderam cartões amarelos em sequência para Sturato, De Sciglio e Parolo.

Não foi possível conter a Alemanha. Aos 19 minutos, Gómez recebeu a bola em um chutão de Neuer e rolou entre três marcadores, na esquerda, de onde Jonas Hector cruzou. Ozil apareceu no meio da área para completar para o gol.

Empolgada, a Alemanha ainda obrigou Buffon a fazer uma grande defesa pouco depois, em uma tentativa de calcanhar de Gómez, interceptada pela marcação. Foi a última participação do centroavante na partida, já que ele acabou substituído por Draxler em seguida.

O que não mudou foi o panorama da partida. Até os 32 minutos, quando a Itália já parecia inofensiva. Jérôme Boateng ergueu muito os braços em um cruzamento da direita de Florenzi e cometeu o pênalti ao tocar na bola. Bonucci cobrou com categoria, no canto, e conferiu.

O gol não apenas reanimou a Itália, como assegurou a prorrogação. No tempo extra, prevaleceu a tensão. As duas seleções tetracampeãs mundiais se arriscaram pouco – os italianos com Insigne na vaga do brasileiro Éder -, demonstrando conformismo com a decisão nos pênaltis.

A primeira grande vibração a partir dali foi da torcida italiana, mas não por causa de um gol ou de uma defesa. O público vestido de azul comemorou bastante que a disputa seria próxima do seu setor do estádio, conforme apontou o árbitro húngaro Viktor Kassai.

Os alemães, contudo, riram por último. Comemoraram os gols de Kroos, Draxler, Hummels, Kimmich, Boateng e Jonas Hector e ainda lamentaram os erros de Muller (Buffon defendeu), Ozil (chutou na trave) e Schweinsteiger (isolou a bola) antes de festejar a classificação.

Pela Itália, Insigne, Barzagli, Giaccherini, Parolo e De Sciglio converteram as suas penalidades, enquanto Zaza (isolou a bola, apesar de ter entrado em campo no lugar de Chiellini só para bater), Pelle (mandou para fora), Bonucci (parou em Neuer) e Darmian (outro que viu o goleiro alemão defender).

 

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