Lateral tem sido um dos destaques da equipe

O lateral direito Lucas, foi o primeiro jogador a dar entrevista coletiva no Palmeiras após a demissão de Oswaldo de Oliveira, e apontou para quem está acomodado no elenco. Sem citar nomes e até se colocando como um dos culpados pela saída do técnico, o lateral avisou que o nome e o currículo do novo comandante não farão diferença se a postura do time não mudar.

“Quando se troca o treinador, é mais para dar resposta. Mas, se não mudar a postura, podem trazer o Pep Guardiola que não vai adiantar. Tem que reagir e jogar”, avisou o jogador. “Não tem o que fazer, os atletas precisam mudar a postura. Treinar, entrar em campo e se dedicar ao máximo. Quem se sentia um pouco largado tem que começar a render.”

Em suas últimas semanas, durante conversas com o elenco nos treinos, Oswaldo cobrou mais esforço dos reservas. Chegou a dizer que jogadores aceitam ficar sem jogar na Europa, mas torcem o nariz quando ficam no banco por equipes brasileiras. Lucas quer que seus colegas incorporem essa filosofia de empenho permanente, sendo titular ou nem relacionado.

“O jogador não pode se acomodar jamais. Isso não pode acontecer em nenhuma profissão, é necessário sempre buscar mais e mais. É chato não jogar, o jogador fica cabisbaixo, mas o brasileiro tem esse pensamento de se acomodar. Essa cultura precisa mudar”, avisou, usando a experiência que teve com um craque holandês no Botafogo.

“Tive o prazer de viver dois anos com o Seedorf e ele me mostrou muito da cultura europeia, aprendi muito. Jogadores experientes e vencedores como ele mostram que a mentalidade do jogador precisa ser de entender que qualquer detalhe em jogo, treino, academia ou tratamento é bom para ele, vai fazê-lo crescer e, assim, o grupo também cresce. É assim que o Palmeiras vai vencer”, apostou.

Diante da cobrança pública para que os acomodados não se animem só com a troca de treinador, Lucas não se alongou ao falar de Marcelo Oliveira e Cuca, dois dos nomes mais cotados para comandar o time. Para o lateral, está claro que apenas os jogadores podem mudar o desagradável início de campanha no Campeonato Brasileiro, com uma vitória em seis rodadas.

“São dois profissionais vencedores, não é à toa que o Palmeiras está de olho. Mas, independentemente de quem vier, nós temos que corresponder ao máximo para ajudar o treinador e ele nos ajudar. O treinador escala, só que não entra em campo. Quem está em campo precisa mudar a postura e voltar a vencer os jogos, como fizemos no Campeonato Paulista”, alertou.