O MPF-RJ (Ministério Público Federal no Rio de Janeiro) vai processar o presidente da Funrio (Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Assistência) por improbidade administrativa.

Ele é acusado de diversas irregularidades no concurso da PRF (Polícia Rodoviária Federal), entre elas a de desviar R$ 11 milhões arrecadados com as taxas de inscrições das provas no dia 18 de outubro de 2009.

Na época, ao menos 72 candidatos foram eliminados do processo seletivo, sendo 27 por suspeita de fraude e problemas no preenchimento dos cartões de resposta.

A Funrio foi procurada por telefone pela reportagem na sexta-feira (9), mas não atendeu às ligações.

Mais bem colocados

Entre os desclassificados estavam os 13 mais bem colocados no Rio de Janeiro, os três primeiros de São Paulo e os dois melhores em Minas no concurso.

O ministério quer que o dinheiro seja depositado em uma conta específica para transferência ao Tesouro Nacional.

A Promotoria acusa a Funrio de “demonstrar total incapacidade de prestar o serviço ao qual tinha se comprometido”, e ressalta que esta não verificou o envolvimento de seus funcionários no esquema de fraudes.

Em novembro de 2009, o MPF enviou uma recomendação à Polícia Rodoviária Federal pedindo a suspensão do resultado final do concurso até serem apurados os indícios de irregularidades.

Durante a investigação, foram comprovadas violações para beneficiar diversos candidatos. A partir daí, a PRF rescindiu o contrato com a Funrio em virtude do descumprimento de cláusulas contratuais.