Após o anúncio do que as tarifas de importação sobre o etanol e seis tipos de alimentos serão zeradas até o fim do ano, o sul-mato-grossense vai começar a sentir a queda no preço nas prateleiras dos supermercados de pelo menos três produtos. Em relação ao combustível, o consumidor não deve nem ‘sentir o cheiro' da queda nas bombas dos postos.

A medida beneficia os seguintes alimentos: café, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja. Em relação ao etanol, a alíquota foi zerada tanto para o álcool misturado na gasolina como para o vendido separadamente. O imposto será zerado a partir de quarta-feira (23).

Segundo o Presidente da Amas (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados), Denyson Prado, dos seis alimentos, o café é o que vai apresentar queda de forma imediata, mas outros alimentos devem permanecer nas prateleiras com o mesmo valor.

“O setor enxerga que três itens terão uma queda considerável no preço. O café terá a redução imediata. O óleo de soja e a margarina devem diminuir o valor dentro de 15 a 20 dias. O queijo não deve alterar e segue com o mesmo preço que está hoje. O valor do macarrão não deve subir, mas também não diminuirá. A importação do trigo está difícil devido à guerra na Ucrânia que é um dos principais fornecedores de trigo do mundo. A taxação zerada deve ajudar a manter o valor”, disse o presidente da Amas.

O presidente do Sinpetro (Sindicato do Varejista de Derivados de e Lubrificantes) de Mato Grosso do Sul, Edson Lazarotto, o imposto sobre a importação do etanol é de 18% dos países que compõem o Mercosul. O Brasil tenta ainda negociar cotas com Estados Unidos para também zerar o imposto de importação.

Edson explica que a medida visa baratear a gasolina nas bombas de combustível em até R$ 0,20, mas isso não significa que a diferença será repassada para o consumidor, já que o cenário internacional continua instável.

“O Governo com essa determinação de zerar os impostos vai ajudar o consumidor a ter um pouquinho de folga, principalmente nos alimentos. Com relação ao etanol, o governo importa muito pouco, no máximo 2% então somos autossuficientes em relação ao etanol. Enquanto nós produzimos 32 bilhões de litros, nós importamos 1 milhão. Vai refletir muito pouco e o reflexo será no etanol anidro que é na mistura da gasolina e não no hidratado que é vendido nas bombas. Acredito que pode ter algum reflexo, mas bem modesto, porque a importação é pouca em relação ao que nós produzimos aqui internamente”, adiantou.