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Economia

Dólar sobe a R$ 5,32 com aversão a risco e acumula alta de 2,11% na semana

Afora uma baixa momentânea na primeira hora de negócios, atribuída a fluxo pontual de recursos, o dólar trabalhou em alta durante toda a sessão
Agência Estado -
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Dólar (Agência Brasil)

O mercado doméstico de câmbio foi engolfado nesta sexta-feira, 14, pelo sentimento externo de aversão ao risco. Piora das expectativas de inflação norte-americana, na esteira de leitura ruim de quinta-feira do índice de preços ao consumidor, e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reforçaram a expectativa de aperto monetário mais forte e duradouro nos Estados Unidos. Com aumento de temores de uma recessão global, dada a fraqueza também da economia Europeia e a escalada da guerra na Ucrânia, investidores abandonaram bolsas e commodities para buscar abrigo no dólar, que subiu em relação a moedas fortes e emergentes.

Afora uma baixa momentânea na primeira hora de negócios, atribuída a fluxo pontual de recursos, o dólar trabalhou em alta durante toda a sessão. Vencido teto de R$ 5,30 ainda pela manhã, a divisa acelerou os ganhos ao longo da tarde, em sintonia com o exterior, e correu até a máxima de R$ 5,3317 (+1,11%). No fim do dia, o dólar subia 0,94%, cotado a R$ 5,3227, encerrando a semana com ganhos de 2,11%. Em outubro, a moeda ainda acumula perdas de 1,33%, em razão da baixa de 3,38% na primeira semana do mês, quando houve o rali dos ativos domésticos com o resultado do primeiro turno das eleições.

Após a leitura do indicador de inflação CPI de setembro nos EUA acima do esperado na quinta-feira, tanto do índice cheio quanto do núcleo, o mercado teve de digerir nesta sexta uma deterioração das expectativas de inflação revelada por pesquisa preliminar da de Michigan. Houve aumento da estimativa para inflação em 1 ano (de 4,7% em setembro para 5,1% na prévia de outubro). Já para o horizonte de cinco anos, a expectativa subiu de 2,7% para 2,9%.

“O mercado não tem como ignorar a alta das expectativas de inflação. No horizonte de cinco anos, ainda está acima da meta (2%). O Fed não vai conseguir desacelerar o ritmo de alta e nem encerrar tão cedo o ciclo de aperto. E, quando terminar, vai ter que manter os juros altos por um bom tempo”, afirma a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, ressaltando que não havia justificativa plausível para o bom dos mercados na quinta com a leitura do CPI. “Houve gente dizendo que o número indicava que a inflação tinha feito pico e iria desacelerar para explicar a alta das bolsas em Nova York. Mas não havia nada para comemorar”.

À deterioração das expectativas e aos números correntes de inflação ruins nos EUA somam-se reiterados sinais de dirigentes do Fed sobre a necessidade de perseverar no aperto monetário e falas pessimistas que emergem da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A diretora-geral do fundo, Kristalina Georgieva, alertou que aumenta o risco de recessão global ao dizer que o mundo está mais frágil e entrando em uma “zona perigosa”. O diretor do Departamento da Europa do FMI, Alfred Kammer, disse que toda a Europa deve experimentar um período de desaceleração do crescimento, com Alemanha e enfrentando um período recessivo.

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