Dólar encosta em R$ 5,16 e atinge maior valor em quase um mês

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (15) vendido a R$ 5,159

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Agência Brasil
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O dólar atingiu o maior valor em quase um mês e a bolsa fechou no menor nível desde o fim de janeiro em meio às preocupações com as reuniões dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil amanhã (16). A queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional) também agravou a instabilidade no mercado financeiro de países emergentes.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (15) vendido a R$ 5,159, com alta de R$ 0,039 (0,76%). Como nos últimos dias, a moeda iniciou em baixa, mas inverteu a tendência após a abertura do mercado norte-americano. A cotação variou entre R$ 5,09, por volta das 9h20, a R$ 5,17, por volta das 15h30.

Em alta pela quarta sessão seguida, a moeda norte-americana está no maior valor desde 17 de fevereiro, quando se aproximou de R$ 5,17. Com o desempenho de hoje, a divisa zerou a baixa acumulada em março. Em 2022, o dólar registra queda de 7,48%.

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, caiu pela terceira vez seguida. O indicador fechou aos 108.959 pontos, com recuo de 0,88% e está no nível mais baixo desde 24 de janeiro, quando estava por volta dos 107 mil pontos.

Amanhã, tanto o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) como o Banco Central (BC) brasileiro reúnem-se para definirem a taxa básica de juros nos dois países. Embora o Fed tenha anunciado que aumentará os juros pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, parte dos investidores teme que o impacto do conflito entre Rússia e Ucrânia e a alta inflação nos Estados Unidos façam o órgão elevar a taxa em 0,5 ponto percentual, mais alto que a previsão de 0,25 ponto que vigorava até recentemente.

Juros mais altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes. No Brasil, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a taxa Selic (juros básicos da economia) em 1 ponto percentual, para 11,75% ao ano.

Outro fator que contribuiu para a alta do dólar e a queda na bolsa foi a redução no preço das commodities, que estão num movimento de correção após uma alta excessiva nas duas primeiras semanas da guerra entre Rússia e Ucrânia. A cotação do barril de petróleo do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, fechou abaixo dos US$ 100 pela primeira vez desde 28 de fevereiro. O barateamento das commodities reduz a entrada de divisas em países exportadores de bens agrícolas e minerais, como o Brasil.

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