Tem dinheiro na poupança? Rendimento deve mudar, e para melhor; entenda
Mudança deve acontecer por conta da previsão no aumento da Taxa Selic, que baliza do juros no país
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Investir na poupança pode render um pouco mais a partir desta quarta-feira (8) no Brasil. Isso porque existe uma expectativa do mercado de mais uma alta de 1,5 ponto na Selic (taxa básica de juros) na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) que está sendo realizado entre hoje e amanhã, o que elevaria a taxa básica de juros dos atuais 7,75% a 9,25% ao ano em dezembro.
Esse aumento afeta diretamente os referencias de rendimento da poupança porque quando a Selic fica acima de 8,5% ao ano – nível que não era superado desde julho de 2017 –, a caderneta de poupança volta a render de acordo com a regra antiga, com remuneração de 0,5% ao mês, mais a taxa referencial (TR), hoje zerada. Quando os juros estão abaixo de 8,5% a.a., como é o caso atualmente, os recursos depositados na poupança rendem 70% da Selic, acrescidos da TR.
Segundo o professor de economia da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Mateus Abrita, a mudança pode ser boa, mas a inflação atual tira um pouco de sua força. “Isso quer dizer que ela vai melhorar um pouco o rendimento, mas ainda perde para inflação que está em torno de 10%”.
Ele complementa dizendo que investir na poupança pode ser importante em apenas algumas situações específicas. “Mas ela não deve ser seu principal investimento. Existem outras modalidades mais atrativas como tesouro direto”.
Entenda a regra da poupança
Selic de até 8,5%: rendimento limitado a 70% da Selic + TR para novos depósitos e rendimento de 0,5% ao mês + TR (6,17% ao ano) para depósitos feitos até 2012
Selic maior que 8,5%: rendimento fixo de 0,5% ao mês + TR (6,17% ao ano) para depósitos novos e antigos
Outros impactos da Selic
Como o Mateus destacou, a Selic não impacta somente a rentabilidade da poupança, mas também a de outros ativos pós-fixados atrelados ao CDI, por exemplo. Há diferentes opções de investimento no mercado de renda fixa, destacam especialistas, mas a decisão de qual produto escolher deve estar associada aos objetivos, ao prazo e ao apetite a risco do investidor.
Veja alguns exemplos apontados:
– CDB DI e Fundos DI: para quem busca segurança e liquidez. Ambos acompanham o CDI, que acompanha de perto a taxa Selic, e no caso do CDB é preciso avaliar a taxa atrelada ao CDI;
– LCIs e LCAs: para quem tem disponibilidade para o médio prazo, pois letras possuem carência e/ou opções que não permitem resgates antes do vencimento. O diferencial é que elas são isentas de IR para pessoa física, o que torna a rentabilidade potencialmente mais interessante;
– Crédito Privado (CRI/CRA/ Debêntures Incentivadas): são títulos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras. Aqui o investidor pode encontrar opções de empresas com boas avaliações de crédito e taxas interessantes. E esses títulos também são isentos de IR para pessoa física.
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