Mercados cheios: alta na venda de alimentos alivia impacto do coronavírus na economia de MS

Com a pandemia de coronavírus, veio a quarentena e uma série de restrições no comércio de Mato Grosso do Sul. Diante da situação, o setor tem sofrido prejuízo e alguns segmentos, como o de hotéis e restaurantes, já iniciaram as demissões. A situação no comércio só não foi pior porque os supermercados ‘amorteceram’ o impacto […]

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Com a pandemia de coronavírus, veio a quarentena e uma série de restrições no comércio de Mato Grosso do Sul. Diante da situação, o setor tem sofrido prejuízo e alguns segmentos, como o de hotéis e restaurantes, já iniciaram as demissões. A situação no comércio só não foi pior porque os supermercados ‘amorteceram’ o impacto do coronavírus. 

No início da pandemia, muita gente correu para encher o carrinho e estocar suprimentos em casa, causando um aumento no consumo dos supermercados. Conforme informações da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), os supermercados detiveram o aumento das vendas e representam 50% do comércio. 

“Ao considerar o comércio em geral, movimentou-se cerca de 50% a menos, e esse percentual só não foi maior, porque supermercados e similares, detiveram aumento das vendas e representam 50% do comércio”, pontua Daniela Dias, gerente do IPF (Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento) da Fecomércio.

Dias comenta que houve impactos diferenciados no comércio de bens, serviços e turismo. Os impactos mais negativos foram direcionados ao setor de eventos, cultura e turismo, com uma queda de 90% a 95% das receitas só em março. Os serviços de beleza, estética também foram prejudicados durante o período e deixaram de movimentar 70% do previsto.

As atividades relacionadas a alimentação fora de casa também sofreram com a pandemia. Mesmo com a possibilidade de abrir com restrições e com a ampliação da oferta de delivery, foram registradas perdas de 50% a 70% nas receitas. 

“Em tempos de pandemia, os produtos essenciais continuarão sendo os prioritários, mas isso não significa que os empresários não possam enxergar novas oportunidades e amenizarem seus potenciais impactos negativos”, ressalta Daniela Dias. A gerente do IPF explica que surgiram novas necessidades dos consumidores, como o de entretenimento em casa, consumo baseado em experiências e negociações a distância. 

Com a pandemia de coronavírus, os segmentos mais propensos a demissões são, é claro, os que tiveram mais prejuízos. Por outro lado, alguns segmentos devem realizar mais contratações, como os relacionados a publicidade, propaganda, marketing, tecnologia da informação, entretenimento em casa, educação a distância, entre outros, aponta a Fecomércio.

O comércio tem tentado se adaptar às mudanças causadas pela pandemia, como aderir às vendas virtuais ou fornecer serviços à distância. “Observam-se as tentativas de adaptação às novas necessidades e sobrevivência ao mercado. Exemplos: venda de produtos utilizando o humor da publicidade; entregas personalizadas; valorização do cliente e empatia; consultas médicas a distância”, ilustra Daniela.

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