Sitiante de Dourados recupera área degradada e colhe frutos da agroecologia
Apaixonado pela família, pelo pequeno sítio e também pela agroecologia, Antonio Weber, que todas as terças-feiras era presença certa na Feira Agroecológica de Dourados também teve que se reinventar desde que começou o período de pandemia. Isolado em sua pequena propriedade, aproveita o tempo para aumentar a produção e continuar levando produtos sem agrotóxicos para […]
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Apaixonado pela família, pelo pequeno sítio e também pela agroecologia, Antonio Weber, que todas as terças-feiras era presença certa na Feira Agroecológica de Dourados também teve que se reinventar desde que começou o período de pandemia. Isolado em sua pequena propriedade, aproveita o tempo para aumentar a produção e continuar levando produtos sem agrotóxicos para a mesa dos douradenses.
‘Seo’ Antônio, como é conhecido, trabalhava na área contábil e administrativa de grandes empresas em Dourados decidiu mudar os rumos do barco da vida. Ele deixou os confortos da cidade e resolveu investir em uma pequena propriedade rural de 14,52 hectares. Já se passaram 13 anos e o lugar, que antes estava completamente degradado, se transformou praticamente em ‘santuário ecológico’.
Sem arrependimento da decisão tomada, o pequeno agricultor consegue dividir a lida no sítio, com algumas postagens nas redes sociais sobre novidades em hortaliças, frutas e flores cultivadas em família.
Para dar conta do plantio, da colheita e também da entrega, ‘seo’ Antônio conta com o apoio da esposa Vera, do filho Thiago e também da colaboradora Gilda. “Tudo é preparado com muito zelo, carinho e sem o uso de nenhum veneno”, relata ele, que quase que diariamente enche as páginas do Facebook para divulgar a produção agroecológica familiar.
Além do amor pelo que faz, entre os segredos do pequeno produtor para conseguir garantir boas colheitas, mesmo em tempos de falta de água, está o uso do sistema agroflorestal biodiverso, que combina culturas agrícolas, com o plantio de árvores florestais e frutíferas na mesma área.
“Temos de tudo um pouco para atender consumidores mais consciente que estão mudando hábitos alimentares”, revela o agroecologista, ressaltando a produção orgânica quase permanente de algumas hortaliças como rúcula, alface, couve flor, brócolis, agrião da terra, cenoura, beterraba, salsa, cebolinha, alho poró, quiabo, maxixe, tomate, pimentão e até palmito de pupunha.
O sistema desenvolvido por ‘seo’ Antônio também garante a produção de frutas da época como mamão, banana, limão e acerola. “Aqui nós também plantamos cana e produzimos garapa da melhor qualidade”, conta o pequeno agricultor, sem esquecer do melado e da rapadura e também do cultivo de mudas ornamentais como hibiscos, azaleias e roseiras.
Para manter a fidelidade da clientela, que segundo ele é bem exigente, o pequeno agricultor atualiza as publicações com as novidades do dia e preços bem acessíveis. “Hoje temos doce de mamão verde com melado e polpas congeladas de acerola, seriguela e goiaba branca com hortelã”, anuncia ‘seo’ Antônio.
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