CMN fixa em 3,25% a meta de inflação para 2023
O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta de inflação para 2023 em 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O anúncio foi feito pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (25). As metas de inflação para 2021 e 2022 foram mantidas, respectivamente, em 3,75% e 3,5%, também com intervalo de […]
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O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta de inflação para 2023 em 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O anúncio foi feito pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (25).
As metas de inflação para 2021 e 2022 foram mantidas, respectivamente, em 3,75% e 3,5%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Esse é o valor que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderá alcançar nos próximos anos. Em 2020, a meta para a inflação também segue a mesma: 4%, com o mesmo intervalo de tolerância de 1,5 ponto.
Em nota, o Ministério da Economia destacou que a decisão mantém o ritmo de reduções graduais da meta a cada ano, conduzindo o Brasil gradualmente para níveis de meta de inflação observados por grande parte das economias emergentes. A pandemia de covid-19, destacou o texto, contribuirá para a redução da meta porque a crise econômica fará a maior parte dos preços cair.
“A crise causada pela pandemia da covid-19 afeta a economia brasileira por diversos canais com um resultado líquido sobre os preços altamente desinflacionário, de forma que uma redução da meta para 2023 não implica custos adicionais aos já provocados pela pandemia”, ressaltou o ministério.
O aumento dos gastos públicos causados pela crise, segundo a pasta, não porá em risco o cumprimento da meta por causa de medidas aprovadas nos últimos anos, como a reforma da Previdência e o teto de gastos. “Mesmo diante da piora do quadro fiscal causada pela crise, as reformas já aprovadas e a determinação de manter o equilíbrio fiscal e o Teto de Gastos criam um ambiente de expectativas de controle de gastos que minimiza os riscos sobre a inflação”, acrescentou o comunicado.
Histórico
Até 2016, a meta de inflação era fixada com dois anos de antecedência, mas um decreto publicado no Diário Oficial da União em junho de 2017 determinou que a definição passasse a ser feita três anos antes. De acordo com o Banco Central (BC), a mudança teve como objetivo reduzir as incertezas e melhorar a capacidade de planejamento das famílias, das empresas e do governo.
Desde 2005, o centro da meta de inflação estava em 4,5%, com 2,5 pontos de margem de tolerância. Em 2006, esse intervalo caiu para 2 pontos e permaneceu assim nos anos seguintes até ser reduzido para 1,5 ponto para 2017 e 2018, banda que será mantida agora até 2023.
A meta de inflação deve ser perseguida pelo BC ao definir a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, pretende conter a demanda aquecida e segurar os preços ao encarecer o crédito e estimular a poupança. Ao diminuir os juros básicos, o Copom barateia o crédito, incentivando a produção e o consumo.
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