Campo Grande apresenta redução nos preços ao consumidor, aponta levantamento de universidade

Os preços ao consumidor registraram queda no mês de julho, de acordo com o levantamento do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), da Uniderp. O IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande) fechou o mês em 0,33%, bem abaixo do mês anterior (1,17%), quando os preços foram impactados pela greve […]

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Os preços ao consumidor registraram queda no mês de julho, de acordo com o levantamento do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), da Uniderp. O IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande) fechou o mês em 0,33%, bem abaixo do mês anterior (1,17%), quando os preços foram impactados pela greve dos caminhoneiros.

Na avaliação do coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza, esse resultado não aparentou reflexos significativos causados pela paralização da categoria de transportadores, realizada em maio, como se era esperado.

“O índice está dentro de uma certa normalidade, visto que outros meses deste ano já apresentaram taxas similares e julho é um período de inflação baixa”, analisou o professor, em informativo sobre o resultado.

No comparativo entre os sete meses de 2018, este é o terceiro maior indicador do ano e bem superior a julho de 2017 (-0,27%). No acumulado dos sete primeiros meses de 2018, a inflação totaliza 2,44% e em 12 meses está em 4,05%, próxima do indicador estabelecido pelo CNM (Conselho Monetário Nacional).

Os “vilões” da inflação em julho

  • Clube, com inflação de 7,73% e contribuição de 0,10%;
  • Leite pasteurizado, com inflação de 9,64% e contribuição de 0,10%;
  • Frango congelado, com inflação de 6,55% e participação de 0,09%;

Itens que auxiliaram a reter a inflação

  • Batata, com deflação de -35,38% e contribuição de -0,14%;
  • Tomate, com redução de -47,71% e colaboração de -0,13%;
  • Alcatra, com decréscimo de -6,67% e contribuição de -0,13%;

Segmentos

O grupo Habitação, que possui o maior peso de contribuição para o cálculo do índice mensal, apresentou inflação 0,53%, puxada pelos preços de produtos de limpeza.

O grupo Alimentação registrou deflação de – 1,81%. O indicador é considerado comum para o período do ano, pois nessa época, o clima fica mais ameno, favorecendo a produção de hortaliças e frutas, baixando os seus preços

Dos quinze cortes de carnes bovina pesquisados pelo Nepes/Uniderp, nove aumentaram de preços. São eles: paleta (6,74%), acém (5,49%) fígado (4,09%), picanha (1,86%), costela (1,55%), peito (1,50%), vísceras de boi (0,88%), cupim (0,79%) e patinho (0,19%). Quedas de valor aconteceram com: contrafilé (-7,45%), alcatra (-6,67%), coxão mole (-4,99%), lagarto (-1,93%), músculo (-2,83%) e filé mignon (-0,76%).

Quanto à carne suína, todos os cortes tiveram majorações. O pernil subiu 7,51%, a bisteca 6,81% e a costeleta 6,49%. O frango resfriado teve aumento de 6.55% e os miúdos de 2,49%.

O grupo Transportes apresentou alta de 0,50% devido a elevações no preço dos combustíveis: a gasolina majorou 1,62% e o etanol 0,02%. O pneu foi outro item que teve aumento: 0,79%.

IPC/CG

O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) é um indicador da evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo. O IPC busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior, de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. A Uniderp divulga mensalmente o IPC/CG via Nepes.

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