Setor emprega 100 mil pessoas direta e indiretamente
Falhas na logística e alta carga tributária ainda limitam a expansão do setor de base florestal em Mato Grosso do Sul. Com mais de 1 milhão de hectares plantados, se buscam alternativas para viabilizar projetos de siderurgia com uso de carvão vegetal, além de energia de biomassa.
Temas foram debatidos durante o 5º Congresso MS Florestal, realizado na sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.
Números do setor, conforme o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), colocam o Estado como segundo maior produtor de florestas plantadas no país, atrás apenas de Minas Gerais. “É uma cadeia importantíssima que cresceu 14% em relação ao ano passado”, ressaltou Azambuja.
Perda de competitividade, contudo, ainda esbarra em problemas no escoamento da produção e alta carga tributária na avaliação do diretor-presidente da Reflore-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas), Moacir Reis.
O titular da Semade (Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Jaime Verruck, explicou que projetos de logística tem sido viabilizados. Incentivo também tem sido concedido a empresas para consumo da madeira sul-mato-grossense.
Além do setor de celulose, estima-se que até dezembro passe a operar fábrica de MDF em Água Clara, sejam realizados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) leilões para uso de usinas de biomassa e retomado uso de carvão vegetal pela siderurgia.
Estima-se que 100 mil empregos, entre diretos e indiretos, sejam gerados pela cadeia produtiva de base florestal no Estado. Ao menos 500 produtores encaminham madeira, essencialmente, para duas indústrias de celulose em Três Lagoas.