Empresários estão cautelosos e ainda há crédito disponível

Foi assinado na manhã desta quinta-feira (9), o termo de cooperação entre o , (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Fecomércio-MS, Faems, Famasul e Sebrae/MS para liberar R$ 351 milhões, via FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), para os setores industrial, comercial e agropecuário do Estado. O valor é parte do R$ 1,2 bilhões disponibilizados pelo FCO. 

O valor deve ser aplicado nos setores até o fim de junho. Caso não seja utilizado em sua totalidade, pode ser remanejados entre os setores. Se ainda assim não for utilizado, é destinado a outros estados da região centro-oeste. O desafio das entidade é motivar os investidores, principalmente da área empresarial, a buscarem a linha de crédito, apesar do cenário de crise e de cautela. 

De acordo com o superintendente do Banco do Brasil Evaldo Emiliano, em 2015, o empresário esteve mais cauteloso do que em 2014, por conta da taxa de juros, que não era atrativa. “Em um momento de crise, ter crédito garante mais oportunidades”, diz o superintendente. Segundo Emiliano, neste ano, até o momento, foram contratados R$ 160 milhões no FCO rural e R$ 7 milhões no FCO empresarial, “um número inexpressivo”. Em 2015 foram R$ 770 milhões no FCO rural e R$ 466 milhões no FCO empresarial. Estado tem até fim de junho para investir R$ 351 mi e não perder recursos do FCO

Ainda conforme o superintendente, deve ser feita uma força-tarefa para analisar os pedidos de contratação. “As taxas de juros ficam em 9,5%, que é menor do que a inflação, e 11%, que bate na inflação. É muito atrativo para o empresário. 

O presidente da Fiems Sergio Longen destacou que entre os recursos disponíveis do Banco do Brasil, R$ 1,2 bilhões do FCO previstos para 2016, R$ 600 milhões são para o empresaria e que até o momento, apenas R$ 100 milhões de propostas no Banco do Brasil.

“O Banco do Brasil está agilizando os R$ 100 milhões. O juros, para nós empresários estão subsidiados e abaixo da inflação, com carência de até 3 anos. E importante que o setor industrial se mobilize, que as empresas busquem esses recursos disponíveis no Banco do Brasil”, diz. “Precisamos superar essa sensação de temor”, completa. 

Conforme o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck,  o FCO atrasou esse ano o repasse do recurso neste ano. “Temos que ter a competência de aplicar a totalidade do recurso. Pois ou muda de área ou passa para outros estados. No ano passado, aplicamos a totalidade dos recursos e ainda recebemos R$ 94 milhões que o Distrito Federal não conseguiu aplicar. Precisamos fazer com que esse recurso chegue nas mãos do empreendedor”. 

Números

Do montante de R$ 351 milhões disponibilizados pelo Banco do Brasil via FCO, a linha Rural terá R$ 106 milhões, enquanto a linha Empresarial ficará com R$ 245 milhões, sendo R$ 108 milhões para o setor industrial, R$ 95 milhões para o setor comercial e de serviços, R$ 24 milhões para o setor de turismo e R$ 18 milhões para o setor de infraestrutura. A taxa de juros para o FCO Empresarial varia de 9,5% a 11,18% ao ano para as micro, pequenas e médias empresas e de 11% a 12,95% ao ano para as grandes empresas, sendo que o prazo para pagar vai até 15 anos e a carência pode chegar a até 5 anos.