Empresa aumenta processamento de soja e usa Porto Murtinho para importar fertilizantes

700 mil toneladas da oleoginosa

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700 mil toneladas da oleoginosa

Uma das maiores empresas do setor do agronegócio brasileiro, a Bunge vai aumentar em aproximadamente 30% a capacidade de esmagamento de soja na unidade instalada no Núcleo Industrial de Dourados. A informação foi confirmada pelo vice-presidente da companhia, o ex-ministro Martus Tavares, que esteve na manhã desta quinta-feira (11) em audiência com o governador, Reinaldo Azambuja, na Governadoria.

Uma vez concluída a ampliação, prevista para agosto, a indústria terá capacidade instalada para processar mais de 700 mil toneladas da oleoginosa. “A ampliação está alinhada com a proposição do governo do Estado de aumentar ao máximo o processamento para agregar valor aos produtos”, avaliou o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, que juntamente com secretário de Gestão e Planejamento Estratégico, Eduardo Riedel, participou da reunião.

Verruck destacou que, atendendo às demandas do setor produtivo, o governo do Estado já tem licitado o projeto de reestruturação do Núcleo Industrial de Dourados, com previsão de obras no trevo de acesso e na pavimentação das ruas. Além da unidade de processamento de grãos instalada no município, a multinacional tem uma indústria de bioenergia em Ponta Porã.

Mato Grosso do Sul exportou 3,4 milhões de toneladas de soja em grãos no ano passado, uma alta de 41,8% em relação às vendas do grão para o mercado externo em 2014, sendo também o maior volume já exportado na história. Esse volume coloca o Estado como o quarto maior exportador da oleaginosa do País. O presidente mundial da Bunge, Soren Schroder, afirmou ano passado que o Brasil vai praticamente dobrar as exportações de soja e milho na próxima década.

Fertilizantes – Martus Tavares também informou que a Bunge vai importar quatro mil toneladas de fertilizantes pelo terminal fluvial de Porto Murtinho. E recebeu do Governo do Estado o pedido para avaliar também a exportação pelo Porto, que voltou a operar em outubro do ano passado, depois de mais de uma década fechado.

Considerado estratégico para a economia sul-mato-grossense, o terminal concentra expectativas de ser o canal de exportação de 300 mil toneladas de produtos este ano, melhorando a competitividade do setor produtivo do Estado. “O porto é peça fundamental na ação estratégica do governo de investir nos modais ferroviário e hidroviário”, avalia Verruck.

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