“Só o início da crise”, diz economista sobre fechamento de grandes lojas
Walmart anunciou fechamento de três lojas na Capital
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Walmart anunciou fechamento de três lojas na Capital
Após a rede Walmart anunciar que vai fechar três lojas em Campo Grande, a especulação agora, é sobre a loja das Casas Bahia no Shopping Bosque dos Ipês, na saída para Cuiabá. Porém, a assessoria do shopping afirmou que a informação não procede.
Neste ano, as grandes empresas como a atacadista Makro e a rede de farmácias São Bento fecharam as portas de filiais na Capital. Para o economista Thales de Souza Campos o cenário tende a piorar com outras empresas fechando as portas nos próximos meses, no momento em as pessoas vão começarem a sofrer as consequência dos fechamentos
“O que está acontecendo, é o início forte da crise. A crise maior vai acontecer no próximo ano, com as consequências desses fechamentos. Alguns economistas, os mais otimistas, ressaltam que algumas lojas estão abrindo, mas a quantidade [de lojas] que está fechando é muito maior. Pela primeira vez novembro e dezembro a oferta de emprego foi negativa em todos os segmentos, com exceção do agrícola”, explica.
Conforme o economista, o crise está sendo sentida mesmo com o fim de ano, época em que tradicionalmente o setor de bens e serviços deveria estar em alta e gerando empregos temporários. “A crise vai trazer consequências maiores em janeiro, fevereiro, março “vai ser o fundo do poço. Essas lojas já fecharam e a algumas outras grandes redes devem fechar também”, diz. A tendência de recessão pode mudar, segundo Campos, a partir de junho, julho “quando começam a aparecer as promessas de campanha para os municípios brasileiros, com apoio à economia”, comenta.
Sobre o motivo de as grandes redes de supermercados estarem fechando, Campos explica que é a parte mais visível de toda uma cadeia que é afetada pela crise. Sem dinheiro, as pessoas vão menos ao supermercado, o que impacta no rendimento das empresas.
“Os grandes empregos estão diminuindo e as pessoas indo menos ao supermercado, por isso, os supermercadistas, consequentemente, vão ter mais problemas. Se não não há grandes rendimentos, principalmente da construção civil, e perto de uma bolha imobiliária, [os fechamentos de supermercados] são os que mais aparecem, mas, muitas industriais também estão sendo fechadas.
Crise no Brasil chegou atrasada
Segundo Campos, a crise que o Brasil enfrenta atualmente tem raízes na recessão mundial ocorrida em 2008. “ Não fizemos a tarefa de casa em 2008, na grade recessão do mundo. Tentamos contornar, com medidas paliativas e elas têm as consequências maiores, quando o mundo começa a se reorganizar”, diz.
Para o economista, as festas de fim de ano de 2015, são as piores de desde o começo do Plano Real e o com a infanção na casa dos dois dígitos, o começo de 2016 vai ser difícil para os brasileiros. A dica para o começo do ano, quando os impostos tiverem que ser pagos é parcelar os pagamentos, pois nem os descontos que são dados quando a quitação à vista, vão compensar se forem colocados na ponta do lápis.
“No início do ano há várias despesas e ninguém vai conseguir pagar a vista os encargos, com raríssimas exceções, pois ninguém mais tem reserva. Não é mais conveniente pagar à vista. Parcele e evite, em janeiro fevereiro março, as compras à prazo, principalmente no cheque especial e cartão de crédito”.
Fechamentos
Em novembro, a rede Comper fechou a loja localizada na Avenida Júlio de Castilho. Na época, a empresa não divulgou os motivos. A loja foi inaugurada em 2013 e tinha uma média de 100 colaboradores e 1.500 metros de área de vendas. Os funcionários foram transferidos para outras unidades da rede.
A rede atacadista Makro encerrou as atividades em Mato Grosso do Sul no começo de outubro. A rede estava na Capital há 16 anos e tinha 112 funcionários. Segundo o sindicato que representa os trabalhadores da categoria, a empresa teria alegado crise econômica para o encerramento de suas atividades, mas que não descartava a possibilidade de voltar a atuar no Estado.
A rede de farmácias São Bento, uma das maiores do Estado, também fechou unidades, e demitiu funcionários, alegando ter sido atingida pela crise financeira. Atualmente a empresa tem 91 lojas, sendo 51 somente em Campo Grande.
Já a empresa de materiais de construção Bigolin, deu férias coletiva aos funcionários e deixou de pagar o 13° salário dos funcionários em dia.
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