Dólar opera em alta nesta sexta-feira e chega a R$ 3,86 na sessão
Às 16h, a moeda norte-americana subia 0,81%
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Às 16h, a moeda norte-americana subia 0,81%
O dólar opera em alta nesta sexta-feira (16), refletindo as incertezas sobre as contas públicas e o cenário político no Brasil. A valorização também acompanha o avanço da moeda norte-americana nos mercados externos.
Às 16h, a moeda norte-americana subia 0,81%, vendida a R$ 3,8313.
Na máxima da sessão, chegou a subir 1,58%, a R$ 3,8605, mas diminuiu o avanço em linha com os mercados externos.
Veja a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, subia 1,48%, a R$ 3,8568.
Às 9h40, subia 0,98%, a R$ 3,8378.
Às 10h19, subia 0,78%, a R$ 3,8305.
Às 10h59, subia 0,71%, a R$ 3,8277.
Às 11h19, subia 1,38%, a R$ 3,8530.
Às 12h33, subia 0,97%, a R$ 3,8374.
Às 12h59, subia 1,39%, a R$ 3,8535.
Às 13h48, subia 0,95%, a R$ 3,8535.
Às 14h25, subia 0,86%, a R$ 3,8333.
Às 14h50, subia 0,71%, a R$ 3,8275.
Às 15h30, subia 0,99%, a R$ 3,8380.
Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,32%, a R$ 3,8005 na venda.
Na semana, o dólar tem alta acumulada de 1,11% e no mês, queda de 4,16%. No ano, há valorização de 42,95%.
Cenário interno e externo
“Os problemas políticos são motivos suficientes para reverter aquela tranquilidade que vimos nos últimos dias”, disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Uma fonte de incerteza é a que a previsão de receita com a recriação da CPMF, vista como vital pelo governo federal para equilibrar as contas públicas, não será considerada pelo relator da proposta Orçamentária para 2016, deputado Federal Ricardo Barros (PP-PR).
Além disso, quatro fontes do governo informaram à Reuters que o país deve desistir da meta de superávit primário equivalente a 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) no orçamento deste ano e reconhecer que as contas serão deficitárias.
Por fim, as turbulências políticas no Brasil seguiam cada vez mais fortes, com indefinições sobre o eventual início do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff golpeando a credibilidade do país aos olhos dos investidores internacionais.
“A situação parece cada vez mais frágil e isso deixa o mercado desorientado”, disse o operador de um importante banco nacional, sob condição de anonimato.
Na cena externa, investidores ainda discutiam quando os juros norte-americanos vão subir, se neste ano ou no próximo.
Dados sobre a inflação e o mercado de trabalho nos Estados Unidos divulgados na véspera haviam trazido a aposta de alta em 2015, mas a queda da produção industrial nos EUA em setembro divulgada nesta manhã novamente trouxe dúvidas ao mercado.
Rebaixamento do Brasil
A Fitch rebaixou na véspera a nota do Brasil, mas manteve o grau de investimento do país. Apesar de a agência ter alertado que Brasil o país pode perder este “selo de bom pagador” no curto prazo, ao colocar o país com perspectiva negativa, os operadores avaliavam que o rebaixamento não deve servir de gatilho para mais uma rodada de pânico como a que assombrou os mercados no mês passado (quando o Brasil foi rebaixado pela Standard and Poors e perdeu o grau de investimento).
Segundo a Reuters, isso não aconteceu agora porque muitos operadores já haviam se antecipado à decisão da Fitch.
“O mercado só vai reagir com bastante força quando houver de fato uma retirada do grau de investimento”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. “Por enquanto, (a decisão da Fitch) deixa o mercado com o radar ligado, mais sensível a altas”.
Se perder seu grau de investimento pela Fitch ou pela Moody’s, o Brasil passará a ser classificado como “grau especulativo” por duas das três principais agências, já que a Standard & Poor’s retirou o selo de bom pagador do Brasil no mês passado.
Isso serviria de gatilho para fuga de capitais do país, já que muitos fundos têm regulações internas que os impedem de investir em países com essa característica. Entenda quais são os efeitos da perda do grau de investimento.
Interferência do BC
O Banco Central dará continuidade nesta manhã ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, o BC já rolou US$ 5,118 bilhões, ou cerca de metade do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.
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