Em dia de protestos contra impostos, preços caem até pela metade em Campo Grande
Alguns comerciantes resolveram aderir ao movimento e negociaram seus produtos sem incluir o valor pago por impostos; cerveja, por exemplo, de 1,59 foi vendida a R$ 0,72 – estoque ficou vazio
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Alguns comerciantes resolveram aderir ao movimento e negociaram seus produtos sem incluir o valor pago por impostos; cerveja, por exemplo, de 1,59 foi vendida a R$ 0,72 – estoque ficou vazio
Uma campanha nacional surpreendeu clientes em diversos estabelecimentos comerciais de Campo Grande nesta quarta-feira (25). No Dia Nacional do Respeito ao Contribuinte e da Liberdade de Impostos, a Conaje (Confederação Nacional dos Jovens Empresários) convenceu alguns comerciantes a venderem os produtos sem a carga tributária.
O resultado foram preços até 54% menores. Uma rede de supermercado da Capital, restaurantes e lanchonetes aderiram ao dia, onde os produtos são vendidos sem impostos.
Com a retirada dos valores tributários, a diferença do valor sem a presença do leão é enorme. Um exemplo é a fralda descartável que possui uma carga tributária de 54,75%.
“A fralda é um item necessário, deveria ter uma carga tributária menor”, argumenta o advogado tributarista, sobre o valor do item que sem os impostos teve o preço reduzido de R$ 8,99 para R$ 4,07.
Os valores com as menores cobranças de taxas são as que compõem a cesta básica, mesmo assim o açúcar tem em seu valor final cerca de 32,33% de impostos. Hoje por conta do dia é vendido a R$ 2,36, inferior aos R$ 3,49 cobrado diariamente no mesmo supermercado.
Outros produtos considerados essenciais a população com carga tributária alta é o xampu com aproximadamente 44,2% . Como a redução o cliente pode pagar R$ 2,00, valor menor que os R$ 3,59 cobrados normalmente, com os impostos.
A rede vende aos clientes 16 produtos sem a carga tributária. A cerveja, que não é considerado de necessidade básica possui uma das maiores cargas, de 54,8%. Todo o estoque de 1.233 caixas de cervejas em lata do estabelecimento foram vendidas durante a manhã.
O preço da bebida que era de 1,59 foi vendida a R$ 0,72 a unidade. “Hoje o cliente não paga o imposto, mas a loja, sim”, disse o gerente Laudeir do Nascimento que também comentou que as vendas aumentaram em cerca de 50%.
“A carga é muito elevada, temos impostos de países desenvolvidos com serviços públicos péssimos”, disse a contadora Carla Cristina de Oliveira Menezes, 31, que aproveitou o menor preço para levar uma caixa de leite que tem taxa de tributos de 12,55%, que habitualmente é vendido por R$ 1,99 e hoje por R$ 1,74.
“Abusivo, o pior é que com todos esses impostos, não é claro para onde são destinados”, conta a estudante Paula Severo, 24.
No Brasil são vários as cobranças feitas pela União, estados e municípios, entre eles estão os tributos federais como Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
Já a nível estadual, o maior vilão é o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), e municipal o ISS (Imposto sobre Serviços).
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