A chegada da internet 5G, mais rápida e eficiente, movimenta o País há pouco mais de 1 ano e já caiu no gosto dos usuários. No entanto, apesar da cobertura em expansão, muita gente ainda não consegue ou tem dificuldade para se conectar à rede mais moderna, mesmo usando celulares com modelos compatíveis com o sinal. 

O problema é enfrentado por campo-grandenses que, por exemplo, possuem modelos específicos de celular habilitados ao 5G. Mas por quê, afinal, esse problema ocorre?

De acordo com a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), a dificuldade de conexão pode estar diretamente ligada à clandestinidade dos aparelhos, comprados de maneira irregular, pela internet e, muitas vezes, produtos de contrabando.

“Esses produtos irregulares correspondem hoje a 10% do total do mercado de aparelhos celulares, trazendo prejuízos para a indústria instalada no país, para os consumidores e para a sociedade de forma geral”, pontua a Agência. 

Com o aumento de vendas pela internet e levando em consideração a proximidade de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, a compra clandestina de celulares, sem o pagamento de impostos, faz crescer a circulação dos aparelhos do Estado e por todas as regiões do País. 

“Os produtos que chegam ao Brasil desta forma são versões de modelos existentes no país. Entretanto, são variantes voltadas para outros mercados e possuem características distintas, sem seguir os critérios exigidos pela legislação brasileira, além de não passarem por testes e requisitos de radiofrequência exigidos pela Anatel para operação no Brasil. O resultado é baixa qualidade na utilização, falta de assistência técnica entre outros problemas para o consumidor”, detalha a Abineee. 

Com valor de venda 40% abaixo dos modelos legais, os aparelhos contrabandeados apresentam alto risco de não serem compatíveis com as redes móveis brasileiras, impossibilitando parte das funcionalidades.

Conforme a Abinee, anualmente o Brasil perde mais de R$ 4 bilhões por ano em impostos não recolhidos devido à comercialização de smartphones contrabandeados e sem homologação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Rede em expansão

No período de 12 meses, a Capital ampliou a cobertura além da região central para bairros mais distantes, como Moreninhas, Jardim Los Angeles, São Conrado, Tijuca, Universitário, Vila Nasser, Vila Nova Campo Grande, Santo Amaro, Jardim Noroeste e Nova Lima.

Para ter acesso à rede 5G, é preciso ter um smartphone e chips que sejam compatíveis com a tecnologia. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) possui uma lista de aparelhos que são certificados e homologados para as redes de telecomunicações 5G. 

Neste grupo de aparelhos, há modelos de diversas marcas e preços, como Redmi Note 12 PRO, Galaxy S21 Ultra G, iPhone 12 Pro Max, entre outros. Para conferir a lista completa, clique aqui. Nas lojas de Campo Grande, os aparelhos compatíveis com a tecnologia 5G variam de R$ 1,2 mil até R$ 8,8 mil. 

Confira vídeo explicativo feito pela Abinee