Movimento dobra em papelarias e pais fogem dos materiais com personagens para economizar
Às vésperas da volta às aulas, vendas multiplicam em Campo Grande
Ranziel Oliveira –
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O movimento das papelarias no Centro de Campo Grande mais que dobrou nos últimos dias. Impulsionado pelas listas das escolas particulares e o retorno próximo das aulas na rede pública, muitos pais aproveitaram para garimpar os melhores preços e procurar o equilibro entre preço e o anseio dos filhos.
Para a babá Sara de Oliveira, de 27 anos, a saída foi deixar alguns dos filhos em casa para ter mais tranquilidade na hora de escolher. “Tenho cinco filhos, duas meninas vieram comigo e o de 3 anos que ainda não estuda. Os outros dois querem especificamente uma mochila do Naruto, mas está muito caro. Vou pesquisar mais aqui no Centro”, disse ela.
Com os filhos estudando em escola pública, ela relatou que as compras de material escolar ficam mais em conta. “Vou escolher e comprar a mochila porque acho essencial, será a que eles querem, mas a mais em conta. Já os cadernos eles vão escolher. O material dado pela escola já facilita um pouco”, disse ela.
Para o servidor público Diogo Corrêa, de 32 anos, a solução para economizar é buscar o equilíbrio entre marca e qualidade. A estratégia é economizar no caderno. Fazer uma pesquisa dentro da própria loja é essencial para alcançar uma economia razoável. “Esse ano vou evitar os cadernos de personagem. Dos materiais, ele foi o grande vilão”, disse ele.
Com um filho de 9 anos estudando na rede particular, a saída é buscar um equilíbrio entre o gosto da criança e o custo. “Ano passado gastamos R$ 500 com material escolar, e os cadernos foram os mais caros. A mesma marca e qualidade, o que muda é a estampa. O de herói está saindo por quase R$ 30 e o sem personagem por R$ 13. Vou comprar dois de cada para ficar mais em conta. Escolhemos vir no fim do mês. Os nossos colegas pais foram comprando e falando dos preços, aqui foi bem indicado”, disse ele.
Análise dos comerciantes
Para o gerente da Shop Tudo Papelaria, na rua Dom Aquino, Jorge Fernandes, o movimento mais que dobrou se comparado com o começo do mês. “Esse mês foi corrido, e agora na última semana vai apertando. Muitos deixam para agora, porque o mês de janeiro é [financeiramente] muito carregado. Eles deixam a compra para os últimos dias. O movimento dobrou em relação à última visita de vocês”, disse ele.
Sobre os itens mais procurados, ele relatou que existem os carros-chefes. “Fora as listas da particular, os alunos do município também vêm repor uma mochila ou comprar uma lapiseira diferente, por mais que o município dê o material. Aqui, a caixa de lápis de cor mais em conta sai a partir de R$ 4,99, tem de R$ 15,90 e até R$ 200. O caderno brochurão da Tilibra, de 96 folhas, sai por R$ 11,79”, comentou.
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