Campo Grande tem refeição completa mais cara do país e trabalhador dá jeito para economizar

Itens básicos da alimentação ficaram quase R$ 300 mais caros entre 2019 e 2023

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Almoço está mais caro (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Quanto você gasta para almoçar? Pesquisa recente mostra que almoçar fora de casa, em Campo Grande, ficou 25% mais caro na comparação com o ano passado e atualmente chega a R$ 49,17. O valor considera uma refeição completa com prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café.

O levantamento integra a pesquisa “Preço Médio da Refeição Fora do Lar”, realizada pelo Mosaiclab. O preço médio de Campo Grande em uma refeição completa desponta como o mais alto do país, acima até da média nacional que ficou em R$ 46,60, com aumento de 14,7% no preço em relação a 2022.

No centro de Campo Grande é possível encontrar almoço até por R$ 10, mas o preço varia bastante conforme a localização, qualidade e quantidade de comida. Para economizar, trabalhadores contam que variam entre levar comida de casa e almoçar na rua.

É o caso da Danielli Akemi Okamoto, 30, que trabalha em uma loja de tecidos do centro de Campo Grande. Quando almoça na rua, ela gasta em torno de R$ 25 e, por isso, opta por almoçar fora de casa apenas duas vezes por semana.

“Eu almoço em alguns restaurantes mais próximos e onde a qualidade é boa, mas o preço influencia também. Almoçar fora de casa, se for por na ponta da caneta, fica bem caro”, conta ela.

Danielli Akemi Okamoto trabalha no centro (Henrique Arakaki, Midiamax)

Itens básicos da alimentação ficaram quase R$ 300 mais caro

O preço do almoço é diretamente impactado pelo valor de itens básicos da cesta básica. Levantamento do Dieese mostra que o preço do arroz-agulhinha, por exemplo, ficou 21,6% mais caro em Campo Grande entre setembro de 2023 e agosto de 2022.

Para se ter ideia sobre o aumento nos preços da cesta básica ao longo dos anos, em janeiro de 2019 os itens básicos de produtos custavam R$ 414,83, em Campo Grande. Em setembro de 2019, chegou a R$ 396,96, mas quatro anos depois o preço dos mesmos itens saltou para R$ 675,68.

Na prática, ao longo de três anos, o campo-grandense precisa desembolsar R$ 278,72 a mais para adquirir os mesmos itens da cesta básica. E, em setembro de 2022, o preço da cesta básica chegou a R$ 711,09.

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