Calabresa ou marguerita? Número de pizzarias em Mato Grosso do Sul cresceu 435% na última década

Dia Nacional da Pizza é comemorado nesta segunda-feira (10); MS tem mais de 1 mil estabelecimentos ativos

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Dia Nacional da Pizza é comemorado nesta segunda-feira (10). (Marcos Vega, Pixabay)

Calabresa, marguerita, pantaneira ou lombo ao creme? Com borda ou sem? Difícil escolher um sabor de pizza preferido. 

Nesta segunda-feira (10), é celebrado o Dia Nacional da Pizza, prato italiano querido entre os brasileiros. Da tradicional a gourmet, Campo Grande tem pizzarias espalhadas em todas as regiões da cidade, que oferecem cardápios para vários gostos e bolsos. 

De acordo com uma pesquisa da APUBRA (Associação das Pizzarias Unidas do Brasil), o número de pizzarias em Mato Grosso do Sul saiu de 200 em 2012 para 1.070 em 2022, o que representa um salto de 435% na última década. 

O Estado representa 17,5% das pizzarias da região Centro-Oeste. São Paulo lidera o ranking brasileiro, concentrando 28% dos 70.839 estabelecimentos ativos no país. 

A pesquisa também mostra que 9 a cada 10 desses empreendimentos pelo país são comandados por microempresários. 

Bom negócio

Deivis Oliveira é um dos empresários com o mesmo perfil da pesquisa que decidiu apostar na área na última década. Atualmente, é proprietário de duas pizzarias no bairro Nova Lima. 

Ele entrou no ramo há dez anos com a pizzaria Oliveira depois de se mudar de São Paulo para Campo Grande e conta que a aposta deu certo, já que conseguiu comprar a Ponto Chic, que era concorrente.

Nos dois estabelecimentos, as pizzas campeãs de vendas são a calabresa, mussarela e lombo ao creme. “A pizza doce sai bastante também, principalmente quando tem mesa de quatro a dez pessoas e pedem como sobremesa”, ele conta. 

As pizzas variam de R$ 33, como a clássica calabresa, e chegam a R$ 49,90 no sabor de camarão. Além das pizzas, Deivis apostou nas esfihas a R$ 1,50 que são sucessos em vendas.

pizza com massa de pastel
Pizza é um prato querido entre campo-grandenses. (Reprodução, Freepik)

Com o trabalho de uma década na área, foram conquistados clientes fiéis que compram até três vezes na mesma semana. 

“Temos uma lista de clientes bem assíduos, em que a gente já sabe o nome, endereço, a pizza que gosta. Tem alguns que começou vindo no colo de cliente e agora ele que vem comprar a pizza”, ele recorda. 

Porém, o empresário aponta que o ramo também guarda dificuldades, como repassar imediatamente os custos da matéria-prima no valor das pizzas.

“Eu não consigo oscilar o preço conforme aumenta no mercado porque a gente não consegue ser imediatista. O cliente sabe o valor da pizza e quando tem reajustes tem um pouco de rejeição, mas a maioria aceita bem”, ele afirma. 

Outro empresário que decidiu empreender no ramo há dez anos foi George Da Silva Vieira, da Pizza Grega Gourmet, também na região do Nova Lima. O estabelecimento está fechado para investir em infraestrutura, mas continuou o atendimento com o delivery. 

Ele avalia que a clientela mudou ao longo dos anos, o que exige atualização na lista de ingredientes das pizzarias. 

“Hoje o público está exigente, não é como era antigamente. O cliente não gosta de massa pré-assada, gosta de massa leve e equilíbrio de sabores”, aponta. 

George afirma que para prosperar é preciso ter paciência e pensar estrategicamente para atender diferentes tipos de públicos. 

A pizza mais barata vendida no local é de R$ 25 para clientes com menor poder de compra e podem chegar a mais de R$ 100 no caso das pizzas gourmet. “A pizza gourmet é super recheada e tem produtos com mais qualidade, leva produtos mais frescos”, ele explica. 

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