Com movimento reduzido, restaurantes esperam queda de até 50% no faturamento do Dia das Mães

Com o movimento reduzido no tradicional almoço do Dia das Mães, alguns restaurantes de Campo Grande esperam queda de até 50% no faturamento da data mais importante do ano no balanço de muitos desses estabelecimentos. O recuo é um reflexo das medidas de isolamento para a contenção da pandemia de coronavírus. Mesmo assim, foram identificados […]

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Com o movimento reduzido no tradicional almoço do Dia das Mães, alguns restaurantes de Campo Grande esperam queda de até 50% no faturamento da data mais importante do ano no balanço de muitos desses estabelecimentos. O recuo é um reflexo das medidas de isolamento para a contenção da pandemia de coronavírus. Mesmo assim, foram identificados restaurantes que, apesar de estarem operando com a capacidade reduzida, desrespeitaram regras de espaçamento, neste domingo (10).

A reportagem acompanhou o movimento durante o almoço em diversos restaurantes da área central e a maioria encontra-se, de fato, com o movimento mais baixo que o esperado pelos funcionários. Apesar de muitas famílias terem arriscado sair de casa  para celebrar o feriado – mesmo com o alerta das autoridades de saúde para que se evite aglomerações -, alguns restaurantes tradicionais contavam com grandes áreas vazias.

No Canto do Cupim, no Bairro Chácara Cachoeira, o gerente Cristiano Parmezan disse que o faturamento não deve chegar a 50% do que foi observado no ano passado, mesmo com as mesas que estão disponíveis para os fregueses quase todas ocupadas, neste domingo. “O movimento caiu muito em relação ao ano passado. O Dia das Mães é a data de maior movimento do ano para nós, mas mesmo trabalhando com só 60% da capacidade, hoje não vamos chegar nem na metade do que foi em 2019”, disse.

Parmezan ponderou, no entanto, que parte da queda do movimento foi compensada pelo aumento do número de pedidos delivery. Antes da pandemia, “os pedidos em casa não correspondiam nem a 20% do nosso faturamento; agora passa dos 40%”, explicou.

Na Churrascaria Zitão, no mesmo bairro, a maioria das mesas ocupadas foram colocadas do lado de fora do restaurante, que observou uma queda brusca na circulação de fregueses. A unidade, que costuma ver a casa lotada durante o Dia das Mães, estima que o movimento esteja em torno de 30% da capacidade. A gerente, Regiane Cunha, explicou que a maioria dos fregueses tem preferido sentar nas cadeiras da parte externa do restaurante, por questões de higiene, e que a equipe também foi reduzida para 30%, em regime de escala.

A unidade da franquia Outback, no Shopping Campo Grande, que está acostumada com a formação de filas na porta do estabelecimento, contava hoje com a lista de reserva quase lotada para o almoço do feriado. O restaurante, contudo, estava praticamente vazio por volta do meio-dia. Funcionários explicaram à reportagem que a unidade reduziu drasticamente o número de mesas disponíveis – para cerca de um terço – e por isso a casa não estava cheia.

Também houve desrespeito das regras de isolamento em restaurantes da Capital, com os fregueses sentando a menos de 1,5 metro de distância das mesas vizinhas. Foi o caso do Restaurante Augustus, na Vila Rosa Pires, que teve lotação de reservas no almoço deste domingo. Embora os funcionários tenham dito que o estabelecimento está trabalhando com capacidade reduzida, de acordo com as normas, a reportagem identificou aglomeração de pessoas no interior do restaurante.

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