Movimento no comércio melhora, mas consumidor gasta pouco

Valor do ‘presentinho’ está menor que no ano passado

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Valor do ‘presentinho’ está menor que no ano passado

A incerteza que dominava o comércio dias atrás passou. Com horários diferenciados e 13º salário, muitos consumidores saíram às ruas para garantir os presentes de Natal. E nesta segunda-feira (21), o aumento na procura animou os lojistas nos centros da Capital.

“No começo do mês achamos que não íamos vender, mas agora melhorou e muito”, disse a gerente de uma loja de roupas Gleice Marques dos Santos. Ela afirma que tem uma expectativa boa com os próximos dias. “Estamos animados, com expectativa sempre positiva. O centro está lotado”, ressalta.

Segundo a gerente de uma loja de roupas, Karina da Silva Leandro, os consumidores costumam deixa para a última hora. “As vendas aumentaram, de fato, neste fim de semana e hoje, principalmente. Tem gente que já entrou de férias, aí aproveita para vir ao centro fazer as compras e garantir os presentes”.

Para muitos lojistas, as vendas foram beneficiadas pelo horário estendido, até dia 23 as vendas vão até às 22h, e no dia 24 o comércio fica aberto até às 18h. Outra justificativa para os comerciantes é o 13º salário, que muitos receberam nos últimos dias e, que para muitos lojistas será injetado no comércio.

“Eu acredito que as vendas vão melhorar ainda mais daqui para quinta-feira. O povo deixa tudo para a última hora”, acrescenta o gerente de uma loja de calçados Wagner Elias Ferreira. Para ele, os clientes estão gastando, mas menos que em anos anteriores. “Esse ano, o pessoal está gastando R$ 90,00 em média com o presente e, normalmente, parcelando. Aqueles que pagam à vista são poucos”, declara.

A pensionista Tânia Aparecida, de 48 anos, afirma que esse ano não dá para gastar muito diante da crise, mas que ainda dá para presentear. “Esta difícil para todo mundo, esse ano não está dando para abusar. O jeitinho é procurar o menor preço, buscar, e aí sim, comprar”, explica.

Mesma opinião tem a doméstica Mary Estela, de 44 anos. “Não dá para gastar muito porque não sabemos do ano que vem, vai saber se aumentam os preços das coisas. Eu prefiro gastar menos”, destaca.

A explicação para esse ‘pé atrás’ dos consumidores, segundo a representante Célia Maria Benites, é o receio. “Eles estão com medo do que vai ser no ano que vem. Ninguém sabe como será a política, se a crise vai piorar… E, todo mundo também deixa para a última hora, sem dizer que estão gastando bem menos que em anos anteriores”, afirma. Segundo ela, as pessoas estão procurando pelas promoções e desconto para pagamento em dinheiro.  

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