Após 7 meses de busca incansável, cachorra é encontrada 14 km longe de casa em Campo Grande
Cachorra pantaneira estava visitando Campo Grande quando escapou pelo portão, no bairro Lageado
Karina Campos –
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O que inicialmente parece ser um sumiço em decorrência dos fogos de artifício das festas do começo do ano, é na verdade uma história surpreendente do encontro da cachorra Neguinha, após sete meses desaparecida em Campo Grande. A velhinha de 10 anos escapou da região do Lageado durante a visita da família à cidade.
No dia 4 de janeiro de 2025, Neyde Oliveir, ligada a causas animais, notou a aparência bem cuidada e idosa da cachorra, ali no canteiro da Avenida Ernesto Geisel com a Rua Santos Dumont, Cabreúva, cerca de 14 km da casa que fugiu. Entretanto, naquele dia, Campo Grande registrava calorão e estava sob alerta de tempestade.
Neyde ficou comovida com a condição do animal e, mesmo sem ter espaço em casa porque tem outros animais, levou Neguinha para o lar temporário. Sendo assim, passou a compartilhar fotos em grupos e redes sociais na tentativa de encontrar o tutor. Naquele período, ela acreditava que a cachorra fugiu de casa pelos sustos em decorrência dos fogos de artifício.
Contudo, foram poucos dias no lar temporário, suficientes para Neguinha “arranjar confusão”. Apesar de ser dócil com humanos, ela estranhou a convivência com os outros cães da casa. “Preciso encontrar urgente seus tutores. Vamos ajudar essa gorduchinha idosa, mas com uma vitalidade incrível para voltar para casa”, escreveu Neyde na época.
‘Finalmente te achei’
Foram 10 anos vivendo livremente em fazendas de Mato Grosso do Sul até desaparecer em Campo Grande. Neguinha era companheira inseparável de João Paulo, de Miranda. Ele conta que estava de mudança para São Gabriel do Oeste, trabalhar em mais uma fazenda.
No entanto, João viajou para a Capital para resolver assuntos burocráticos. Neguinha conseguiu escapar pelo portão e, desde o dia 5 de julho de 2024, não foi mais vista. O sumiço abalou o trabalhador rural.
“Ela viaja comigo sempre. Onde eu estou, ela está, por exemplo. Quando ela sumiu, viajava sempre para Campo Grande procurar. Já gastei seis tanques de combustível para procurá-la. Procurava todo dia. Eu não desisti. Espalhei cartazes, divulguei em grupos e até na televisão”, lembra.
Durante os sete meses, João e família sentiram extrema falta da cadelinha. “Quando eu chagava na fazenda, ela ficava me esperando chegar para almoçar e depois quando chegava em casa, às 17h. Depois que sumiu, fiquei muito triste, mas nunca me abalei, porque eu sei que tem Deus no céu para ajudar. Só tive que ter paciência e esperança”.
Cicatriz revela ‘identidade’ da cachorra
João diz que não perdeu a esperança e confiança que iria encontrá-la. Religioso, conta que pedia a Deus diariamente. Até que, na última terça-feira (4), uma amiga encaminhou uma publicação de Neyde.
“Fiz novamente uma postagem e, para minha surpresa, uma pessoa entrou em contato comigo dizendo que a cadelinha era muito parecida com a dele que havia desaparecido há 7 meses. Mediante o tempo achei meio difícil ser a mesma ‘quatro patas’. Pedi fotos, ele enviou, inclusive fotos dela mais nova e já com 10 anos. Eu tive certeza que era a mesma figura. O tutor contou sobre uma cicatriz provocada por um cateto, de fato existia”.
Portanto, na última quinta-feira (6), a família viajou para Campo Grande buscar Neguinha. Agora, a cadelinha já está em casa. “Eu agradeço a Deus, a ela (Neyde) e a quem me ajudou a procurar. Só Deus pode dar a recompensa e a benção. Desejo todo bem a essas pessoas”, conclui.
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