Mato Grosso do Sul estará no epicentro de onda de calor com máximas entre 40°C e 45°C durante esta semana. Os animais domésticos podem sofrer ainda mais que os tutores nesse período, com risco de morte por hipertermia, quando o corpo não consegue equilibrar o calorão.

Para a veterinária especialista em pneumologia, Cláudia Mendes, o alerta é necessário para o bem-estar do pet, já que os animais braquicefálicos, aqueles conhecidos por apresentarem uma cabeça de formato “achatado” e o focinho “encurtado” são pré-dispostos a enfrentar problemas respiratórios nas altas temperaturas.

Apesar da fofura, o animal braquicefálico é caracterizado pelo tamanho pequeno do focinho, os olhos mais arredondados, anatomicamente com a cabeça menor, por exemplo, o buldogue francês e inglês, pug, shih-tzu, boxer, boston terrier e dogue de bordeaux.

“O animalzinho passa muito mais calor que a gente. Temos que umedecer o ambiente, porque não dá para ficar em um ambiente muito seco, a gente tem que manter em um ambiente climatizado. O ar condicionado abaixo de 22°C pode ser prejudicial para um animal de pequeno porte, pode ressecar as vias aéreas e o animal pode ficar pré-disposto a doenças respiratórias”.

Os cuidados que normalmente são indicados para a população humana também devem ser observados para os pets, como manter a hidratação, deixando água à disposição, dar água de coco e até colocar uma pedra de gelo para resfriar o líquido na vasilha.

“É importante nessa época estar com tudo em dia, como a vacinação, vermifugação. É muito comum doenças respiratórias e viroses. [Também é ideal] evitar fazer caminhada em horários quentes, passear bem cedo ou final do dia. Pode acontecer a hipertermia, porque a troca do calor deles acontece mais pela boca e pelo coxim das patinhas”, reforça.

Atenção aos sinais

Alguns sinais devem ser levados em consideração quando o animal está passando mal pelo calor, a veterinária diz que sintomas de hipertermia são: respiração ofegante de forma anormal, cansaço e apatia. Vale lembrar que pets não se restringem apenas aos cães e gatos.

“[Quando sintomas parecem] tem que correr e levar no veterinário porque ele pode morrer, pode convulsionar, pode ter febre. Ontem, por exemplo, internamos um animal assim. Eles têm mais facilidade de sofrer com calor do que a gente, por isso tem que proteger mais”.