Motoristas de ônibus protestam na Câmara por redução de multas e participação em junta da Agetran

Profissionais estiveram na Câmara de Vereadores, na manhã desta quinta-feira

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Motoristas de ônibus na Câmara de Vereadores de Campo Grande. (Foto: Anna Gomes/Jornal Midiamax)

Motoristas de transporte coletivo de Campo Grande compareceram na Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira (04), para reivindicarem a revisão do valor das multas consideradas abusivas aplicadas aos profissionais e uma cadeira na Jarit (Junta de Análise e Julgamento dos Recursos de Transporte), da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Os profissionais usaram o horário de folga para comparecer na sessão da Casa de Leis. 

De acordo com o presidente do STTCU (Sindicato dos Trabalhadores Em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Demétrio Freitas, os valores das multas aplicadas aos motoristas de transporte são altos e a punição não deve ser tão severa, já que o valor é descontado diretamente dos motoristas. 

“As multas variam entre R$ 300 a R$ 3 mil e esse valor sai do bolso dos trasbalhadores”, ele avalia. 

Além disso, a categoria também pede representatividade na Jarit, responsável por avaliar os pedidos de reconsideração de multas. De acordo com Freitas, o sindicato já ocupou uma cadeira na junta, mas hoje esse lugar é ocupado por um servidor público. 

“Ele [servidor] não vai ter o mesmo olhar que alguém da categoria”, ele afirma.

Na Casa de Leis tramita o Projeto de Lei n. 10.704/22, de autoria do vereador Coronel Alírio Villasanti (União Brasil), que discute os dois pontos reivindicados pelos motoristas de ônibus do Consórcio Guaicurus. Atualmente, a multa é equivalente a 60 tarifas e a proposta no PL quer reduzir o valor para 5 tarifas. 

O PL estava previsto para ser avaliado na sessão da Câmara, nesta quinta-feira, mas foi retirado de pauta depois de uma reunião entre o sindicato e a comissão de transporte.

Os trabalhadores decidiram se reunir com a Prefeita Adriane Lopes antes do projeto ser votado na Casa de Leis para que não seja vetado no Executivo após ser aprovado pelos vereadores.

Desvalorização da categoria 

Além dos dois pontos na pauta de reivindicação, o sindicato expôs a precarização dos profissionais. De acordo com Freitas, os motoristas trabalham sem a estrutura necessária e sobrecarregados. 

“Nós já reivindicamos melhorias várias vezes, mas tá cada vez pior”, ele reclama. 

O assunto deverá ser discutido pela Comissão Permanente de Transporte e Trânsito, presidida pelo vereador Coronel Villasanti.

*Matéria atualizada às 11h10 para acréscimo de informações.

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