Detran-MS ‘enrola’ 48 horas para lançar carro apreendido em sistema e casal tem prejuízo de R$ 1 mil

O proprietário do carro é motorista de aplicativo e afirma que cada dia parado é um prejuízo imenso

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Sede do Detran-MS, em Campo Grande
Sede do Detran-MS, em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Midiamax)

Outubro começou pesado para um casal de Campo Grande, que na noite de domingo (1°) teve o carro apreendido em uma blitz na avenida Afonso Pena. Eles foram parados devido a uma lanterna queimada, mas o prejuízo se aproxima de R$ 1 mil e o transtorno durou três dias.

Ao Jornal Midiamax o casal contou que além da lanterna, o veículo estava com licenciamento vencido. Na segunda-feira (2) de manhã, eles foram até a sede do Detran, pagaram a guia do licenciamento, mas a apreensão do veículo ainda não tinha sido lançada no sistema do Detran.

O carro foi recolhido no dia da blitz pela AutoTran, uma autarquia terceirizada do Detran, que informou no dia que tinha 24 horas para lançar a apreensão no sistema. O problema é que nesta terça-feira (3), eles voltaram ao Detran e para a surpresa, nada do carro ser inserido no sistema.

O proprietário do carro é motorista de aplicativo e afirma que cada dia parado é um prejuízo imenso, por isso “correu” para tentar resolver a situação na primeira hora útil da segunda. “Um funcionário do Detran teve que ligar para a Autotran e pedir para incluir o carro no sistema, isso mais de 30 horas depois da apreensão”, contou ao Jornal Midiamax.

Prejuízo, dor de cabeça e correria

O carro só foi incluído no sistema por volta das 16h de terça-feira (04), mas eles ainda teriam que voltar ao Detran para pegar um papel e levar até a Autotran. O veículo só foi liberado para eles por volta das 15h de quarta-feira (04).

Para se ter ideia do transtorno da sede do Detran até o pátio da Autotran são 14 km de distância, mais de 30 minutos de deslocamento de carro. Considerando que o veículo apreendido é o único do casal, eles ainda precisam contar com carona ou arcar com aplicativos para se deslocar de um lado para o outro.

O prejuízo também não ficou só na lanterna e no licenciamento, que por si só custariam quase R$ 300. Somados ao guincho (R$ 250), vistoria (R$ 190), aluguel do pátio (R$ 100 média), a apreensão já custou ao menos R$ 820.

“Essas coisas do carro eu teria que pagar mesmo, então tudo bem. O problema é que vai para o terceiro dia que estou sem trabalhar e isso é um prejuízo enorme para mim”, conta o dono do carro. Eles ainda precisam pegar o carro e passar por vistorias.

Detran-MS alega falha em sistema

Em nota enviada ao Jornal Midiamax, o Detran-MS disse que a Autotran informou que passou por problemas técnicos no fim de semana, e deste modo não conseguiu fazer o lançamento imediato, conforme prevê a Portaria 143, de 16 de março de 2023.

“Foi solicitada prioridade no cadastro do veículo em questão, liberando assim o proprietário  para os reparos. Informamos, que trata-se de uma situação pontual, que o Detran-MS irá buscar junto a empresa, maneiras de aprimorar e dar agilidade no atendimento ao cidadão”, diz a nota.

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