Nuvem gigante: Campo Grande teve ‘Cumulonimbus’ de 10 quilômetros; entenda o fenômeno

“Se falar dessa nuvem para um piloto, ele sai correndo”. Muito estudada para prevenir acidentes, principalmente na aviação, a nuvem ‘cumulonimbus’ é a mais espessa e perigosa, segundo afirmou ao Jornal Midiamax o meteorologista Natálio Abraão. Nesta sexta-feira (25), ela deu o ar da graça e foi responsável pelo tempo fechado e cerca de 30 […]

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(Foto: Henrique Arakaki)

“Se falar dessa nuvem para um piloto, ele sai correndo”. Muito estudada para prevenir acidentes, principalmente na aviação, a nuvem ‘cumulonimbus’ é a mais espessa e perigosa, segundo afirmou ao Jornal Midiamax o meteorologista Natálio Abraão. Nesta sexta-feira (25), ela deu o ar da graça e foi responsável pelo tempo fechado e cerca de 30 milímetros de chuva em Campo Grande.

“Nós temos 10 tipos de nuvens, da mais baixa à mais alta, com nomes em latim e todas estudadas individualmente. A Cumulonimbus, no caso, é a mais perigosa e a mais espessa, de maior distância entre a base ao topo, então, se ela se formar a mil metros de altura, tem mais ou menos essa espessura”, explicou o meteorologista. 

“As outras, no caso, possuem uma média de um quilômetro a um quilômetro e meio, então, é um cenário bem diferente. Essa nuvem é temida pelos pilotos e muito estudada na aviação, como eu disse anteriormente, principalmente por conta dos danos que pode causar. Existem casos em fazenda também, em que elas devastaram uma plantação ou então causaram estragos na cidade”, argumentou.

(Foto: Divulgação/Maycon Zanata)

Shelf Cloud em Dourados

Na região sul do Estado, o fenômeno foi outro: houve a passagem da Shelf Cloud, a nuvem prateleira que impressionou moradores. Conhecido como o fotógrafo ‘Caçador de tempestades’, Maycon Zanata fez o registro durante a madrugada.

Neste caso, ainda conforme Natálio, o termo técnico do fenômeno é nuvem cumulonimbus arcus.

Previsão

A sexta-feira (25) amanheceu nublada e com chuva na capital sul-mato-grossense.Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) emitiu alerta para a chegada de uma frente fria, especialmente na região sul e sudeste de Mato Grosso do Sul. Neste fim de semana, a mínima será de 14°C, com previsão de chuva acompanhada de granizo.

O monitoramento aponta que as chuvas podem vir com acumulados significativos, logo, as temperaturas estarão mais amenas. A frente fria vem da Argentina, passando por várias cidades do MS, provocando chuvas generalizadas a partir de hoje.

A probabilidade é de chuvas com intensidade de moderada a localmente forte, tempestades acompanhadas com raios, rajadas de vento e queda de granizo. “Os modelos de previsão analisados pela equipe do Cemtec indicam maiores acumulados de chuva entre esta sexta-feira e o sábado com volumes significativos, que, pontualmente, podem atingir valores acima de 50 mm/24h”, informa.

Já no domingo (27), a chuva não deve dar trégua, o tempo deve continuar instável, e há probabilidade de chuvas de intensidade fraca a moderada, podendo ocorrer tempestades acompanhadas de raios, principalmente nas regiões centro-norte e nordeste, pela combinação de calor e umidade.

As chuvas e a maior cobertura de nuvens irão provocar uma redução nas temperaturas mínimas e máximas. A tendência apontada pelo Cemtec é que, ao longo do fim de semana, as temperaturas registrem médias entre 19/29ºC para a região pantaneira, 22/33ºC, 14/28ºC para a região sudoeste e na capital entre 21/28ºC.

Córrego na Ernesto Geisel, nesta manhã (25). Foto: Nathalia Alcantâra/Arquivo Pessoal

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