O relatório final do Grupo de Trabalho possui as seguintes considerações:
- O Enem será constituído de dois instrumentos:
- o O primeiro instrumento abrangerá a formação geral básica do Novo Ensino Médio, tendo como referência a BNCC, de forma interdisciplinar e contextualizada, articulando as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura, aprofundando a compreensão de problemas complexos e a reflexão sobre suas soluções.
- § A matriz de referência do instrumento deverá contemplar as articulações entre as competências gerais e as competências específicas e habilidades das áreas do conhecimento, com maior ênfase em Língua Portuguesa e em Matemática.
- § A avaliação do domínio da Língua Inglesa ocorrerá de forma integrada com a área de Linguagens e suas Tecnologias e o instrumento incluirá avaliação da produção de textos em Língua Portuguesa, inclusive na forma de redação.
- o O segundo instrumento deverá abordar os itinerários formativos do ensino médio, observando os eixos estruturantes dos itinerários (investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção sociocultural, empreendedorismo) e o aprofundamento das competências e habilidades da BNCC.
- § As matrizes de referência do instrumento deverão contemplar as articulações entre os eixos estruturantes e as áreas do conhecimento de forma integrada, a partir do estabelecido na Portaria MEC nº 1.432/2018.
- § O instrumento será organizado em 4 blocos, cada um deles correspondendo a uma combinação binária entre áreas de conhecimento e os participantes deverão escolher apenas um deles para responder:
Além disso, o novo Enem promoverá a transição gradual para realização de provas digitais e utilizará plataformas adaptativas, novos processos de correção automatizada que acelerem a divulgação dos resultados com maior precisão, inteligência artificial para correção de itens abertos e da redação. As provas físicas serão mantidas até que seja garantido o acesso tecnológico a todos os participantes.
Para o secretário de Educação Básica, Mauro Rabelo, o Enem precisa acompanhar a evolução da educação brasileira e também a reforma do ensino médio. “Pensar no novo formato do Enem, aliado às alterações trazidas pelos normativos concernentes ao ensino médio, tem sido o atual desafio, especialmente no que se refere aos Itinerários Formativos. Os Itinerários constituem a parte flexível do currículo do ensino médio, a partir dos quais os estudantes poderão, de forma orientada, escolher, a cada período letivo, um conjunto de unidades curriculares conforme seus interesses, suas necessidades pedagógicas, suas aptidões e seus objetivos, para a ampliação das aprendizagens nas áreas do conhecimento e/ou na Educação Profissional e Tecnológica”, destaca o secretário.
Conforme o MEC, será criado um Comitê de Governança do Enem que será responsável pela a aprovação das matrizes dos instrumentos do Exame e acompanhamento das atividades a serem desenvolvidas para a aplicação do novo Enem.