Com liberdade concedida, ‘acumulador da Planalto’ vai voltar para casa limpa e arrumada

A mulher e as filhas do ‘acumulador’ seguem na casa, desde a prisão há 4 meses

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(Foto: Helder Carvalho, Jornal Midiamax)

Com a liberdade provisória concedida, José Fernandes da Silva, de 54, deve voltar para casa quatro meses após ser preso, em Campo Grande. Conhecido como ‘acumulador da Planalto, ele deve sair da prisão com tornozeleira eletrônica e encontrar sua casa bem diferente de como deixou.

Logo após sua prisão, a prefeitura realizou uma operação de limpeza na casa de José, localizada na rua Planalto, de onde saíram caminhões cheios de lixo. Mas quem passa por lá agora, quase não reconhece a casa, já que o lixo deu lugar à limpeza. A mulher e as filhas do ‘acumulador’ seguem na casa, que também sustenta uma placa de venda.

Nesta terça-feira (10), o Jornal Midiamax conversou com a esposa de José, que não sabia da liberdade provisória. Muito abalada, ela conversou com a equipe, chorou e disse que precisa de apoio médico e psicológico.

Uma vizinha que é moradora há 35 anos na região afirma que a situação da família é muito triste. “Eles estão doentes, precisando de ajuda psicológica. Filhas e esposa se sentindo abandonadas e ele sempre foi a pessoa que prestou assistência necessária à família”, disse ela ao destacar que a casa está limpa e organizada.

acumulador
Trecho sendo limpo em agosto (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Ação penal está suspensa até janeiro

Após a determinação da liberdade provisória, a Juíza de Direito da 3ª Vara Criminal suspendeu o andamento da ação penal. Isso, até que se apresentem os resultados da perícia a que o ‘acumulador’ será submetido em 2025.

José Fernandes vai passar por análise de insanidade mental em janeiro, clínica psiquiátrica SINAPSI-Q, em Campo Grande. Tiago Ferreira Campos Borges, médico psiquiatra credenciado pela Corregedoria-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, foi convocado para realizar a perícia.

“Considerando que o incidente de insanidade mental do acusado encontra-se em andamento, com perícia designada para a data de 25/01/2025; ainda, diante da concessão de liberdade provisória do réu no pedido de revogação preventiva autuado, suspenso o andamento da ação penal até a solução do incidente de insanidade mental”, determinou a Juíza.

Defesa pediu liberdade de acumulador após alegar distúrbio mental

A defesa de José Fernandes da Silva entrou com pedido de liberdade no dia 13 de novembro alegando que o homem precisa de tratamento e seria ‘pai de família’. Em setembro, a defesa alegou distúrbio mental.

No pedido, o advogado, que também é sobrinho do ‘acumulador’ argumentou que tem “condições de acompanhar o acusado em suas consultas médicas, bem como terá condições de acompanhar em seu tratamento médico, indicado pelo profissional da saúde.”

No dia 16 de outubro, a defesa já havia pedido pela liberdade de José, onde alegava que o ‘acumulador’ tinha emprego e era pai de família. Mas, a Justiça teria sido contrária à soltura de José. 

“Ainda, a circunstância de ser o réu reincidente – possuindo condenação criminal definitiva pela prática de crime da mesma natureza, além de condenação com trânsito em julgado por homicídio –, conforme apontado alhures, somada aos elementos indiciários de que teria proferido ameaça contra uma de suas vizinhas, são indicativas de sua periculosidade social, impondo-se a manutenção da segregação cautelar para a garantia da ordem pública, para assegurar a instrução processual e a aplicação da lei penal”, dizia a decisão.

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