‘João do Ovo’ partiu, mas legado segue vivo em tradicional festa do Dia das Crianças
Ainda nos anos 90, primeira festa reuniu apenas três crianças, hoje, atende mais de 500
Clayton Neves, Graziela Rezende –
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Após ter o pedido atendido e ver a filha se curar de uma doença, “João do Ovo”, figura conhecida no Bairro Santa Luzia, em Campo Grande, passou a promover a festa do Dia das Crianças que, anos depois, se tornaria tradição na região.
Ainda na década de 90, a comemoração da data reuniu apenas três pequenos na varanda de casa que dividiram um bolo pequeno. Atualmente, a “festança” atende cerca de 500 crianças e se tornou até ação social, com comilança, brincadeiras e até cortes de cabelo. Legado que segue vivo mesmo após a partida do anfitrião.
Filho de João, o fotógrafo André Lopes, de 31 anos, conta que o pai morreu em 2019 e, desde então, a família decidiu manter o legado do comerciante, que vendia ovos por toda a região em que morava.
“Estamos dando continuidade à história do meu pai. Comecei a organizar tudo há dois meses e sem nenhum centavo. Graças a ajuda da família e amigos, conseguimos tudo faltando uma semana para o evento”, comenta. Para o evento, André se vestiu de palhaço, da mesma maneira que o pai fazia anos atrás.
Ao todo, a festa distribuiu 1.500 cachorros-quentes, 200 litros de refrigerantes, pipoca, algodão doce e balas. O evento também disponibilizou serviço de corte de cabelo, pinturas faciais, brincadeiras e até interação com o Homem-Aranha.
“Eu lembro quando tudo começou, ainda nos anos 90. Seo João persistia em ajudar as pessoas e hoje a festa virou uma ação social e cultural do bairro”, comenta Ludmylla Ferreira, de 27 anos, que saiu daVila Naser para prestigiar o evento.
Novata entre os participantes, Thalya Ramires da Costa, de 26 anos, aproveitou a manhã para levar os filhos de 4, 5, 6 e 10 anos. ‘Ouvi o carro de dom falando e resolvi vir. Achei maravilhoso e as crianças estão amando”, disse
Para a família, continuar promovendo a ação de seo João é um sentimento de dever cumprido. “Lembro exatamente do momento em que meu pai abriu a varanda de casa, chamou três crianças e comemorou a data. Hoje tomou essa proporção e estamos continuando a história dele”, finalizou.
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