A não é um processo fácil para o casal e na hora de comunicar a decisão aos filhos a dificuldade pode ser ainda maior. Afinal, o é uma mudança que vai afetar a vida de todos os envolvidos na família. 

Para especialistas, negar o que se passa por gerar ainda mais sequelas e o diálogo e lidar ‘com jeito' é a melhor escolha. Conforme explica a advogada Fernanda Pocahy.

“A criança pequena ela não entende o que é o divórcio, então os pais podem falar que o papai está na casa dele, a mamãe está trabalhando. Sempre construindo uma imagem positiva de ambos para a criança. Independente da separação do casal, é importante”, pontua a especialista.

Fernanda explica que as responsabilidades com a criança também devem ser compartilhadas, para que nenhuma das partes fique sobrecarregada. É importante ter a presença e a colaboração de ambos nos afazeres como médico, escola e reuniões. 

O bom tratamento entre os dois lados é importante, pois dependendo da forma como falam com a criança, pode se caracterizar um crime: a alienação parental. A alienação parental é quando pais, avós ou pessoas de convívio das crianças e adolescentes adotam atitudes que prejudicam o vínculo do filho com um dos pais – desqualificando, acusando de algo ou negando o acesso de forma ilegal, entre outras situações.

“Falar mal, colocar contra a outra parte genitora, pode configurar alienação parental”, afirma a advogada.

Divórcio extrajudicial cresce em MS

Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o divórcio extrajudicial registrou um aumento de 20,2% entre os anos de 2019 e 2020. Saltando de 786 divórcios para 945.

Enquanto isso, o divórcio judicializado teve uma redução de 33%: em 2019 foram 5.129 separações enquanto em 2020 foram 3.418. Para a advogada Fernanda Pocahy, a facilidade do divórcio em cartório possibilitou a redução de processo judicializados e que o diálogo entre as partes é o melhor caminho.

“A advocacia vem evoluindo, vem criando um novo sistema. Antes os procedimentos eram todos levados ao judiciário, agora nossa geração tem essa reciclagem de que a máquina do judiciário é para casos que se realmente não resolve o conflito. Buscamos a mediação entre os clientes com o acordo extrajudicial”, explica.