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Cotidiano

Bate e volta: a 40 minutos de Campo Grande, três cachoeiras são conhecidas por sorte no amor, saúde e fortuna

Casal conta que cachoeira abençoou união há mais de um ano
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Cachoeira da Saúde.
Cachoeira da Saúde.

Há quem diga que uma cachoeira tem poder para mudar a energia de qualquer pessoa, seja para relaxar ou revigorar. Para moradores de , a 40 quilômetros de , três cachoeiras conhecidas como Amor, Saúde e Fortuna já transformaram o destino de trilheiros e aventureiros.

Há dois jeitos de chegar ao refúgio, o primeiro é pela BR-163. O caminho mais fácil é ir pela Avenida Coronel Antonino, entrar na BR e virar à esquerda próximo à entrada para Rochedinho, na MS-445. A outra maneira é para quem vem na MS-010, onde se deve virar a direita, no km 9 da MS-445. A partir daqui, há uma placa “Refúgio da Elô”, com estrada de terra de 9 km.

O casal apaixonado — como preferem ser chamados Elô e Kaká Karvalho — é proprietário do recanto que chama de pedacinho do paraíso. Em 2010, compraram o sítio que guarda várias histórias, inclusive de garimpo. Elô é natural de Ponta Porã, mas morou em Belém do Pará por 28 anos. É advogada e atuou na profissão por anos, até retornar para o Estado e preferir uma vida mais sossega.

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(Foto: Karina Campos)

“Conheci o Kaká me ajudando na procura por um lugar aqui. Estamos juntos desde então. Só há cinco anos que começamos a receber pessoas, quando um amigo me pediu para fazer degustação para um grupo dos doces que faço. Eu parei de advogar um ano depois que voltei para Campo Grande, e meu desejo era que o sítio pudesse se sustentar. No começo começamos vendendo queijo licor na Capital, mas era muito trabalhoso”, conta.

Já o companheiro é da Moca, no Rio de Janeiro, e colocou raízes em Mato Grosso do Sul. “Nós fazemos de tudo, mexemos com ovos de galinha, vaca, queijo. No começo, achávamos que não ia dar certo (receber turistas), mas hoje vemos que as pessoas saem daqui melhor do que chegaram”.

Kaká é o guia da trilha, que tem cerca de 2 km. Para quem gosta de emoção, o local tem subidas e descidas. O ideal é sempre ir de tênis e boné para se proteger do sol. A primeira cachoeira é a do Amor, a menor da trilha. “Ela é mais rasa e mais calma. As pessoas geralmente sentam aqui e ficam olhando a correnteza”, explica.

O professor Cintila Valino Ferreira, de 56 anos, se apaixonou por Niciária Ramos, de 49 anos. Eles se conheciam pouco e eram amigos, mas afirmam que as águas da dita cachoeira permitiram que se olhassem com outros olhos, após um longo período de desilusões amorosas e mágoas.

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Cintila e Niciária estão juntos depois de se conhecerem no local ‘mágico’ (Foto: Karina Campos).

“As pessoas costumam começar na celeridade da paixão, esquecem da base que é a compreensão. Eu cheguei aqui e desabafei tudo para ele, estava saindo de um conturbado, estava sem esperanças. Nós não tínhamos interesse amoroso um no outro, mas de repente, foi diferente, foi racional, gostamos um do ouro e foi tranquilo, crescendo”, diz a contadora.

“Hoje eu não vivo sem ela. Foi um amor na maturidade que conhecemos. Todo ‘mesversário’ (mês do aniversário de namoro), voltamos aqui para selar nossa união. Todo dia 26 do mês comemoramos aqui onde tudo começou. Estamos há 14 meses juntos”, celebra o educador.

Já a segunda tem uma queda d’água de um metro e outra de uns 200 centímetros, é a da Fortuna. Água é gelada, mas reconfortante depois do calor da trilha. Elô brinca: “Você pode jogar uma moeda e no dia seguinte o Kaká busca, fortuna para ele”, ri.

A última, da Saúde, é a maior, o caminho para ela também é mais longo. Os trilheiros precisam prestar atenção onde pisam, pois existem cascalhos soltos, o que pode colaborar para uma queda. “Vai se curar só lá na cachoeira”, brinca Kaká.

O guia explica que todas elas têm histórias e lendas antigas criadas pelos moradores da região. Um dos primeiros proprietários foi um japonês que também chamava de cachoeiras do garimpo. “Os próprios moradores dizem que dão sorte, nós também achamos, é nosso lar”.

Na volta, Elô serve a famosa e tradicional paella pantaneira, que até mesmo experimentou e aprovou. “Os ciclistas pediam muito quando voltavam da trilha uma comida gostosa que dê sustento. Teve também um festival em Jaraguari e eu ganhei. No show do Gurizinho (primeiro apelido do cantor sul-mato-grossense para os fãs), eu levei no camarim dele e ele gostou”.

Vale lembrar que o local é uma propriedade privada e precisa de autorização para entrar. Quem tiver interesse em fazer a trilha ou conhecer, pode entrar em contato com o casal pelo telefone (67) 98190-0180.

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