Acadêmicos de universidade fazem protesto com bandeira ligada à grupos de extrema-direita
Estudantes da UCDB utilizaram a Bandeira de Gadsden durante manifestações em que houve tumulto na última segunda-feira
Thalya Godoy –
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Um grupo de estudantes da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) utilizou a Bandeira de Gadsden, ligada a grupos de extrema-direita, para protestar contra o resultado das eleições do último domingo.
O ato, realizado na manhã seguinte às eleições, contou com acadêmicos de cursos como agronomia, medicina veterinária, direito e educação física, que andaram pelo câmpus gritando palavras de ordem e segurando bandeiras.
A manifestação foi a mesma em que alunos pró-Bolsonaro se desentenderam com os estudantes que observavam o ato e causaram um tumulto. A Polícia Militar foi acionada para ir até ao local.
Em imagens enviadas ao Midiamax, é possível ver três acadêmicos segurando bandeiras, entre elas uma do Brasil e a última à direita sendo a Bandeira de Gadsden, com fundo amarelo, uma cascavel na cor preta e a mensagem “Don’t tread on me” (não pise em mim, em inglês).
Em um vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver a bandeira flutuando no meio das manifestações.
O que é a Bandeira de Gadsden?
A Bandeira de Gadsden foi criada no século XVIII durante a Revolução Americana. Anos depois, passou a ser utilizada por grupos de extrema-direita, como apoiadores do ex-presidente norte-americano Donald Trump e por participantes dos protestos em Charlottesville, cidade dos EUA marcada por protestos em 2017 que envolveu grupos de extrema-direita e grupos antirracistas.
“Ela [Bandeira de Gadsden] é cultuada pela extrema direita americana, está presente em atos de supremacistas brancos e há autores que afirmam influência do movimento extremista de direita americano no nazifascismo”, explica o historiador Flavio Pezzi.
Segundo uma aluna que não quis se identificar, era por volta de 10 horas da manhã quando os manifestantes que saíram do bloco D chegaram ao bloco B onde há mais cursos de ciências humanas e da saúde. “Eles chegaram fazendo barulho e o pessoal do bloco começou a sair das salas de aula”, relembra a acadêmica.
“Os professores foram orientados no dia seguinte a dar aula normalmente, mas não fazer chamada, então para quem estivesse com medo não precisava ir”, acrescenta a estudante.
O Midiamax entrou em contato com a UCDB para perguntar o posicionamento da universidade sobre o ocorrido e aguarda resposta. O espaço continua aberto para manifestação.
Pneus Furados
No mesmo dia do tumulto na UCDB, um carro adesivado com “Lula 13” teve os pneus furados dentro da universidade.
“Eles estavam gritando ‘Lula ladrão’, e continuaram gritando por um bom tempo, até que começaram a rebater. Virou uma grande confusão. Tinha uma menina que avançou, empurraram ela, tiraram ela de lá. Não tinha seguranças pelo menos para intervir”, afirmou ao Midiamax uma aluna da UCDB no dia da confusão.
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