Quanto custa um lar? Aluguel de casa com três peças não sai por menos de R$ 400 em Campo Grande

Preço da moradia compromete no mínimo 36% da renda de quem ganha um salário mínimo

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Projeto começa a tramitar na Câmara Municipal de Campo Grande
Projeto começa a tramitar na Câmara Municipal de Campo Grande

Com a pandemia de coronavírus, ficar em casa se tornou a principal medida de prevenção à doença e ter um lar ficou ainda mais importante. Para quem recebe o mínimo, alugar um imóvel é complicado e o valor compromete mais de um terço da renda, já que em Campo Grande o aluguel de uma casa com três peças não sai por menos de R$ 400. Os valores sobem ainda mais a depender da localização, tamanho da casa e estado de conservação. 

O presidente do Secovi-MS (Sindicato de Habitação de Mato Grosso do Sul), Marcos Augusto Netto, explica que na guerra contra o coronavírus, uma das ferramentas mais eficazes é o refúgio em casa. Por isso, ter um lar é – ainda mais – imprescindível. Marcos explica que a pandemia movimentou o setor imobiliário, tanto com pequenas reformas em casa, como para compra de imóveis ou buscar uma nova casa para alugar. 

Netto afirma que apesar da moradia ser cada vez mais valorizada, os valores dos aluguéis não aumentaram, já que mesmo com alta demanda, também há muita oferta. Ele ressalta que há valores de aluguel em todas as faixas de preço em Campo Grande, o que influencia é o bairro, o tamanho do imóvel e o estado de conservação. O presidente do Secovi-MS afirma que os aluguéis mais baratos ficam em torno de R$ 400 a R$ 600, geralmente para casas pequenas, como kitnets. 

Nos sites onde as imobiliárias disponibilizam os imóveis para venda ou locação, os imóveis mais baratos já começam por R$ 400, com IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) incluso. Os aluguéis mais baratos geralmente são de casas pequenas, com quarto, sala e banheiro. Foram encontrados imóveis nesta faixa de preço em bairros como o Aero Rancho, Centenário e Vila Jacy, por exemplo. 

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Preço de venda dos imóveis cresceu em Campo Grande, em comparação com outras cidades. (Fonte: FipeZap)

Dados do Índice FipeZap apontam que as regiões mais baratas para se viver são no Anhanduizinho e Imbirussu em Campo Grande. Na região do Anhanduizinho, uma moradia tem preço médio de venda de R$ 2.976/m². Já no Imbirussu, o valor fica em torno de R$ 2.470/m². O custo de uma moradia na Capital é menor do que nas grandes capitais. Em São Paulo, a região mais barata custa em média R$ 2.535/m², em Belo Horizonte custa em média R$ 2.608/m², em Brasília R$ 3.251/m² e em Curitiba R$ 2.853/m². 

Imóveis a partir de R$ 150 mil

Além do aumento da procura por casas para alugar, também cresceu a busca por financiamentos imobiliários em Campo Grande. A expectativa do setor é de que o ano atinja um recorde em financiamentos e é possível encontrar uma casa a partir de R$ 150 mil. 

O presidente do sindicato explica que há moradias em programas sociais a partir de R$ 150 mil ou R$ 180 mil em Campo Grande. Os valores variam muito, a depender da localização. “Temos várias faixas de venda, uma casa para uma família média varia em torno de R$ 200 mil a R$ 300 mil. Podemos dizer que de R$ 150 mil a R$ 300 mil, já dá para comprar uma casa boa”, explica Netto. 

Nos sites onde as imobiliárias anunciam imóveis, é possível encontrar casas mais baratas, porém o fator da conservação do imóvel influencia muito, assim como o bairro. Há ofertas a partir de R$ 60 mil.

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