Mesmo com alta nos preços, campo-grandense não economiza na hora de ‘sextar’
Inflação afetou os preços das porções e das ‘cervejinhas’ na Capital
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Depois de quase dois anos de isolamento social, muitos ‘baladeiros’ tiveram que sossegar em casa sem o #sextou de cada semana. Com o avanço da vacinação e flexibilização das medidas de prevenção ao coronavírus, os bares voltaram a funcionar, o público voltou com tudo e não poupa na hora de ‘sextar’ com qualidade em Campo Grande.
Mas quanto custa aquela saidinha na sexta-feira na Capital? As médias de gasto dos ‘rolezeiros’ nos bares variam dependendo do estabelecimento. No Buteco Mercedita, na Avenida Calógeras, os campo-grandenses desembolsam, em média, entre R$ 30 e R$ 70, segundo o sócio proprietário Washington Nascimento. As porções saem a partir de R$ 22 e as cervejas a partir de R$ 8.
Já na Divina Choperia, na Rua Sete de Setembro, os clientes costumam gastam pelo menos R$ 100 em uma ida ao local. Conforme o gerente, Thiago Nunes, o cliente não economiza quando o assunto é ‘sextar’. “Com a abertura de outros bares o movimento caiu um pouco, mas no sentido de gastar, acho que o brasileiro não esquenta muito com isso não”, opinou ele.
Preço nas alturas
O tempo que as pessoas tiveram que ‘sextar’ em casa, está sendo compensado com a retomada e mostrado no valor que os consumidores estão desembolsando. Bom para o empresário que, depois do fechamento pelas medidas de segurança, pôde reabrir. Porém, a retomada aconteceu em meio a um aumento da inflação que afetou alguns produtos essenciais.
A carne das porções e até a cerveja tiveram um aumento nos preços, deixando os proprietários com um dilema: repassar ou não o aumento para os clientes? De acordo com Thiago, da Divina Choperia, no momento os preços não foram alterados, mas no ano que vem haverá reajuste.
Já no Mercedita, os valores foram reduzidos. Segundo Washington, por conta da concorrência com outros bares e até as festas clandestinas, a saída foi baixar os valores para atrair clientes. “Muitos locais sem documentação necessária e isso gera um grande impacto negativo nos bares e baladas que estão regularizados”, disse ele ao Jornal Midiamax.
Ele explicou que o cardápio teve alterações, mas que ainda não foi repassado para os clientes. “Esse custo está sendo arcado pelo bar, ainda não estamos conseguindo repassar. Ainda estamos nesse impasse”, contou o sócio.
Sem saída
Porém, alguns outros estabelecimentos tiveram que reajustar os preços, como o Kiwi Tropical, na Avenida Afonso Pena. “Infelizmente alguns pratos tivemos que alterar no cardápio. O que mais teve aumento foram as carnes. Alguns cortes quase dobraram de preço. Alteramos os pratos com filé mignon, que está 98 reais o quilo”, exemplificou um dos proprietários, Luciano Gehlen à reportagem.
Além do aumento da carne, sentido no bolso de todos, a Ambev, a maior empresa de cervejas do Brasil, reajustou seus valores em outubro, o que impactou diretamente bares e restaurantes, além de supermercados e boates. No Eitapega Music Bar, Avenida Bom Pastor, chopps, cervejas e drinks tiveram que ser reajustados.
“Arriscamos e aumentamos valores. Por exemplo, antes um drink que em média sairia por 17 até 20 reais, agora está em torno de 32 reais”, revelou o chefe de bar do estabelecimento, Irving Gimenes. Mas com reajuste ou não, o campo-grandense não se acanha com os preços e continua movimentando a noite da cidade morena nas sextas-feiras.
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