Com 3 casos suspeitos, MS envia 148 amostras para análise da nova variante do coronavírus

Mato Grosso do Sul tem 3 casos suspeitos da variante brasileira do coronavírus: em Campo Grande, Corumbá e Fátima do Sul. Até a manhã desta quinta-feira (25) não houve confirmação das notificações, processo que pode demorar semanas. Entretanto, essa semana, o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de MS) enviou 148 amostras para análise. Dessas, […]

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Mato Grosso do Sul tem 3 casos suspeitos da variante brasileira do coronavírus: em Campo Grande, Corumbá e Fátima do Sul. Até a manhã desta quinta-feira (25) não houve confirmação das notificações, processo que pode demorar semanas. Entretanto, essa semana, o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de MS) enviou 148 amostras para análise. Dessas, 28 deram negativo para a nova cepa do vírus e o restante foi descartado.

Assim, para se adiantar, o secretário de saúde de MS, Geraldo Resende, disse ao Jornal Midiamax  que o Estado está enviando amostras semanalmente para análise e “não ser surpreendido”.

“Estamos encaminhando todas as amostras para não sermos surpreendidos aqui”, disse o secretário, completando que a partir de março serão dois laboratórios disponíveis para analisar os casos. “Enviamos as amostras para o IAL [Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo] e agora vamos encaminhar também para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais”.

Então, o Estado deve se manter em alerta, pois três estados vizinhos já confirmaram a nova cepa do vírus. Assim, esta semana, o Ministério da Saúde enviou nota técnica às SES (Secretarias Estaduais de Saúde) de Mato Grosso do Sul e outros estados cobrando reforço de medidas contra variante do coronavírus.

Conforme a nota, a SES tem prazo de 24h para informar ao Ministério da Saúde nova notificação de síndrome respiratória aguda grave associada a coronavírus, sob pena de incorrer em infração sanitária.

Além disso, o órgão cobrou dos estados a vigilância laboratorial com “planejamento de sequência direcionada e representativa de casos comunitários para detectar precocemente e monitorar a incidência da variante”.

Entre as outras recomendações estão:

  • Acompanhar resultados de pacientes que morem em áreas com maior incidência da variante
  • Intensificar o rastreamento de pessoas que tiveram contato com os casos suspeitos e confirmados da variante
  • Recomendar que se evitem todas as viagens não essenciais, em particular para áreas com uma incidência significativamente elevada da variante
  • E, notificar imediatamente possíveis casos de reinfecção.
variante coronavírus
Trecho da nota enviada pelo Ministério da Saúde.

Casos suspeitos em MS

Em nota, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que enviou as três amostras para sequenciamento. Então, seguem em análise no laboratório de referência nacional. “Quando há algum caso suspeito com histórico de viagem a locais com circulação da nova variante ou casos com clínica e evolução diferenciadas, a área técnica e CIEVS estadual acionam o Lacen para envio de tais amostras para a referência”, pontuou o órgão.

Ao Jornal Midiamax, o secretário de saúde de MS, Geraldo Resende, informou que a melhor forma de evitar a disseminação da nova variante é “apressar a imunização”.

Nova variante

Em todo o país, segundo o Ministério da Saúde, foram confirmados 204 casos de variante do coronavírus. São duas cepas identificadas: a do Reino Unido e a do Brasil/Japão, sendo 20 da primeira e o restante da segunda.

Os casos da variante do Reino Unido foram identificadas nos seguintes estados: São Paulo (11), Bahia (6), Goiás (2) e Rio de Janeiro (1).

Em relação à variante P.1, identificada originalmente no estado do Amazonas, foram notificados 184 casos, sendo: Amazonas (60), São Paulo (28), Goiás (15), Paraíba (12), Pará (11), Bahia (11), Rio Grande do Sul (9), Roraima (7), Minas Gerais (6), Paraná (5), Sergipe (5), Rio de Janeiro (4), Santa Catarina (4), Ceará (3), Alagoas (2), Pernambuco (1) e Piauí (1).

Até o momento, não há registro da circulação da variante descoberta na África do Sul.

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