Uma sepultura que estava vandalizada, localizada no cemitério São Sebastião, mais conhecido como Cemitério do Cruzeiro, recebeu reparos de uma equipe da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos). Segundo a Prefeitura, uma tampa de concreto foi colocada sobre a cova no mesmo dia em que a denúncia foi publicada.

Conforme a reportagem, visitantes constataram o túmulo sem tampa, com exposição de restos mortais. “Eu liguei para polícia ir ver. Fui visitar o túmulo do meu filho, dele está normal, só que essa está um absurdo, detonada”, trouxe a denúncia.

A situação retratada, porém, é comum. Isso porque muitos túmulos são abandonados pelas famílias e, de acordo com a Prefeitura, a responsabilidade de manutenção é dos familiares.

“Infelizmente muitas famílias sepultam os falecidos e nunca mais voltam. Com isso, as lápides vão se deteriorando e acontece isso. Aqui alguém pisou e a tampa afundou”, explicou ao Jornal Midiamax o então administrador do Cruzeiro, Celso Lopes, em reportagem de fevereiro de 2019. Na ocasião, um levantamento recente havia identificado 45 túmulos sem tampa ou com grave deterioração, nos quais restos mortais poderiam estar expostos. Os números atualizados não foram informados pela assessoria.

A grande dificuldade, conforme relatado na época, era localizar as famílias, pois são túmulos muito antigos e as pessoas não atualizam os contatos. Porém, na ocasião, mesmo sem contato com as famílias, a administração já tinha restaurado minimamente 12 jazigos esquecidos.

“Apesar de ser uma responsabilidade da família, não ficamos de braços cruzados. Como nosso cemitério tem um pedreiro, nós solicitamos à Prefeitura o material de construção e vamos fazendo as tampas conforme nossas possibilidades”, explicou o encarregado.