Sem proteção, moradores de rua se apegam à fé para sobreviver ao coronavírus
Enquanto a população em geral esgota máscaras e o álcool em gel nas prateleiras, um grupo de pessoas continua alheio aos perigos do coronavírus em Campo Grande. Os moradores de rua ainda ignoram o risco de contaminação e se apoiam na fé de que tudo vai passar, afinal, não há muito que eles possam fazer. […]
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Enquanto a população em geral esgota máscaras e o álcool em gel nas prateleiras, um grupo de pessoas continua alheio aos perigos do coronavírus em Campo Grande. Os moradores de rua ainda ignoram o risco de contaminação e se apoiam na fé de que tudo vai passar, afinal, não há muito que eles possam fazer. A preocupação dos moradores é com a falta de assistência, já que com a quarentena, eles não recebem ajuda da assistência social e de voluntários.
Na região da antiga rodoviária, há menos pessoas do que o comum. Nos locais onde os moradores costumam ficar, há um aviso da Polícia Militar para que não se instalem ali. “Proibido permanecer neste local. Área interditada”, diz o cartaz.
Os moradores têm se concentrado na região da Orla Ferroviária, onde dizem não temer o coronavírus. Alguns deles, sabem o que está acontecendo, mas não entendem o perigo do contágio. “A gente não tem culpa de estar aqui. Eu não tenho medo de ficar doente, mas tenho medo do ser humano”, disse um morador.
Sem máscaras, álcool em gel ou até mesmo um local com sabão para lavar as mãos, os moradores se agarram na fé de que tudo vai passar e de que vão resistir, mesmo expostos nas ruas.
Com o toque de recolher, a situação fica ainda mais difícil, já que eles precisam procurar um abrigo ou esconderijo para não serem presos. Às 22 horas, a PM ou a Guarda passa pelas ruas, alertando para que todos vão para suas casas. Para quem não tem casa, a única opção é dar um jeito de “sumir”, encontrar um local discreto para se abrigar.
A pior coisa da quarentena em Campo Grande é a falta de ajuda. Eles deixaram de receber o apoio constante da assistência social e também de voluntários, que levavam comida. Mesmo assim, a maioria deles não aceita ir para um abrigo da Prefeitura.
Entretanto, o desespero com o coronavírus ainda não existe. Para eles, se o vírus fosse assim tão perigoso, os moradores de rua já estariam mortos.
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