Referência em MS, HR tem tenda vazia e apenas 13% dos leitos para pacientes com coronavírus ocupados

Referência não apenas para Campo Grande, mas também de diversos municípios do interior do Estado que dependem de serviços de média e alta complexidade em Saúde e para pacientes com o novo coronavírus (Covid-19), o Hospital Regional Rosa Pedrossian, na região do Aero Rancho, tem 13% de seus leitos reservados para pessoas que contraíram esta […]

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Referência não apenas para Campo Grande, mas também de diversos municípios do interior do Estado que dependem de serviços de média e alta complexidade em Saúde e para pacientes com o novo coronavírus (Covid-19), o Hospital Regional Rosa Pedrossian, na região do Aero Rancho, tem 13% de seus leitos reservados para pessoas que contraíram esta doença já ocupados. Isso é sete vezes maior que a média de vagas hospitalares já ocupadas pelo Estado.

Os dados foram repassados ao Jornal Midiamax pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) e mostram o cenário no início desta tarde.

O HR passou por mudanças a fim de se tornar polo de tratamento da Covid-19 no Estado. Um andar inteiro foi desocupado, com pacientes com outras doenças movidos para outros setores ou transferidos a outras unidades. Além disso, foi construído um hospital de campanha no estacionamento para comportar uma eventual alta no volume de pacientes –o que é aguardado para as próximas semanas, com a chegada do inverno (época que, notadamente, favorece o surgimento de doenças respiratórias).

No Regional, foram reservados 136 leitos clínicos adultos e 6 pediátricos, além de 39 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto e 2 para crianças, apenas para acomodar pacientes com coronavírus. Outros 34 adultos e 3 infantis aguardavam liberação no fim de abril. Assim, são 183 vagas no total, conforme mapa divulgado pela SES em 29 de abril.

Atualmente, há 21 pacientes na enfermaria adulta (8% da ocupação do setor) e 4 no CTI adulto (10%) com coronavírus. O hospital de campanha só deve ser ativado quando 70% da capacidade interna do HR focada nos doentes de Covid-19 for ocupada. Ainda fechado, o local provisório conta com 108 leitos e 22 poltronas.

Na média, isso equivale a uma ocupação de 13% das vagas internas do HR, considerando todas as vagas, ou 14,2% se restritas às vagas para adultos (175 ao todo).

Estado

No Estado, conforme o mesmo mapa da SES, são 1.031 leitos (705 clínicos adultos, 174 clínicos pediátricos, 145 de UTI adulto e 7 de terapia intensiva pediátricos). O boletim epidemiológico do Estado nesta terça-feira, que confirmou 405 casos confirmados e 12 mortes por Covid-19, apontou que 19 leitos de hospitais estão ocupados em Mato Grosso do Sul com pacientes da doença –16 com pessoas do Estado e 3 de fora. Com isso, a taxa de ocupação é de 1,83.

Dos 10 leitos clínicos em uso, 7 estão na rede pública e 3 na particular. Em UTIs, são 9, com 4 públicos e 3 privados, além de 2 internados em São Paulo.

A fim de abrir essas vagas, pacientes com outras doenças precisaram de transferência. Em abril, em meio à consolidação da estrutura da Saúde municipal para a pandemia, a reportagem apurou que a Santa Casa de Campo Grande –onde outros 100 leitos foram habilitados para servirem de “retaguarda” em caso de aumento no total de doentes– recebeu pessoas que estavam internadas no HR.

Outros setores têm recebido cuidados no local, conforme apurou a reportagem. Apesar da espera de mais EPIs (equipamentos de proteção individual) e de uma maior disponibilidade de álcool em gel e outros sanitizantes, ações de higienização de quem chega ao local vem sendo realizadas diariamente. O Exército brasileiro também já realizou a higienização do local, em ação coordenada pelo CCjO (Comando Conjunto Oeste).

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