O funcionamento de academias está permitido em Campo Grande, desde que algumas regras de biossegurança sejam seguidas como distanciamento mínimo entre usuários e limite de 30% da capacidade, ou seja, se o espaço comporta 100 pessoas, no local não poderá haver mais de 30. Apesar de obrigatório em estabelecimentos comerciais e vias públicas, o uso de máscara é opcional durante realização de atividade física, seja em ambiente ao ar livre ou em espaço fechado.

Diante dessas regras, leitores denunciaram ao Jornal Midiamax uma confraternização ocorrida em uma academia na região do Bairro Cruzeiro, em Campo Grande. Sem respeitar distanciamento e com direito a foto no Facebook. “Treinos de São João […]Foi Tudi bão! Teve treino e prêmios pros cumpadres e pras cumadres!”, consta no perfil da academia.

Leitores também denunciaram a presença de pessoas que trabalham com o sistema penitenciário no local. “Além de se expor ao coronavírus, que causa a Covid-19, acabam levando o risco de contaminação para outras pessoas no ambiente de trabalho”, denunciam.

Procurado pela reportagem, um dos sócios da academia disse que não tem conhecimento de qualquer festa realizada nas dependências do estabelecimento e que a empresa não promoveu nenhum tipo de evento.

Ainda conforme o proprietário, a academia respeita todas as medidas do protocolo de biossegurança. “Tudo dentro do que determina o decreto. Inclusive temos evitado alguns exercícios básicos como a escalada na corda, que é um material mais difícil de higienizar”, alegou.

O advogado da academia procurou a reportagem e reconheceu que, no momento da foto, não houve o distanciamento mínimo exigido. Ele disse, ainda, que não se tratava de festa, mas sim de uma “aula de confraternização” e que todas as regras foram seguidas pelo estabelecimento durante os treinos.

Em nota, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), responsável pela fiscalização do cumprimento ao decreto da prefeitura, informou que o funcionamento das academias está permitido, desde que respeitando todo o protocolo de biossegurança e respeitando os 30% da capacidade. Porém, conforme o órgão, “confraternizações, conforme o artigo 6 do decreto, não estão permitidas”. Também é importante respeitar o distanciamento de 2 metros entre cada aluno.

(Atualizada às 11h14) GM