Em plena pandemia ainda é preciso pedir distância nas filas em Campo Grande

Que o período de quarentena não está sendo fácil todo mundo sabe. Cumprir o isolamento, higienizar compras e sacolas, usar máscaras, não abraçar quem a gente tem vontade, muitas adaptações em um curto período de espaço mexem mesmo com a cabeça da gente. O medo do contágio e de acabar levando a doença para dentro […]

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Que o período de quarentena não está sendo fácil todo mundo sabe. Cumprir o isolamento, higienizar compras e sacolas, usar máscaras, não abraçar quem a gente tem vontade, muitas adaptações em um curto período de espaço mexem mesmo com a cabeça da gente. O medo do contágio e de acabar levando a doença para dentro de nossas casas é grande, mas nem todo mundo se preocupa e ainda é preciso pedir para que as pessoas na fila mantenham distância.

Nas filas, o que já era incomodo antes da pandemia, pelo menos para mim, manter a distância tem sido muito difícil já que as pessoas não respeitam as marcações e se mantém próximas de quem está a sua frente. Seja na lotérica, agência de emprego, mercado, farmácia, para entrar no transporte coletivo, não manter o distanciamento aumenta o medo de quem precisa estar na rua.

Situação vivida pelo bancário Cleyton Colin,29 anos. A reportagem ele contou que estava em uma loja e precisou pedir para a pessoa se afastar. “Mesmo com marcação no chão as pessoas não respeitam. Precisei pedir para um cara que estava atrás de mim se afastar e explicar que estamos em uma pandemia”, relata.

“E não é só nas lojas. Nos bancos e lotéricas está do mesmo jeito. As pessoas não entenderam a gravidade da doença”, completa.

Problema que inclusive tem gerado muitas reclamações ao Jornal Midiamax desde que começou a pandemia. De terminais de ônibus a fila no açougue do mercadinho do bairro, ninguém se sente confortável quando o ‘vizinho’ de fila chega muito perto.

‘Ninguém entendeu nada’

Para o estudante Rômulo gomes, 25 anos a sensação é de que ninguém entendeu nada. Manter o isolamento quando os amigos fazem festinhas traz a sensação de impotência neste momento. “As pessoas fazem encontro, dá a impressão que não entenderam nada. A gente se coloca em segurança dentro de casa e vê os amigos se reunindo e fazendo festinha”, desabafa.

O não uso de máscara também traz um certo desconforto para quem precisa sair de casa. Para a cabeleireira Justa Flores, 66 anos, a fiscalização devia ser maior para evitar esse tipo de desobediência. “Tem lugares que ninguém está vendo. Tem gente que só usa máscara no pescoço e pendurada na orelha, deviam fiscalizar mais para que todos obedecessem a recomendação”, disse.

“Tanta propaganda e as pessoas ainda não usam”, relata Maria Rosa, 44 anos. A mulher estava em um estabelecimento comercial na manhã desta segunda-feira (11) e se indignou quando outra pessoa expirou ao lado dela. “Podia ao menos tapar a boca. A gente está falando de pandemia e as pessoas não usam máscara. Devia ter cuidado e usar”, completa.

 

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