Demitidos enfrentam horas na fila para conseguir seguro-desemprego em Campo Grande
A expressão no rosto de quem espera na fila da Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) é quase unânime: tristeza e cansaço. Recém demitidos, muitos trabalhadores aguardam há horas na fila para dar entrada no seguro desemprego. O auxílio em dinheiro é um alívio, mas trabalhadores temem por dia de dificuldades. Na […]
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A expressão no rosto de quem espera na fila da Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) é quase unânime: tristeza e cansaço. Recém demitidos, muitos trabalhadores aguardam há horas na fila para dar entrada no seguro desemprego. O auxílio em dinheiro é um alívio, mas trabalhadores temem por dia de dificuldades.
Na Funtrab, a fila dobra a esquina e muita gente espera antes mesmo do dia amanhecer. Carlos Antunes, de 29 anos, chegou às 5h30 na Fundação e pegou a senha de número 100. Ele foi demitido da empresa de segurança eletrônica onde trabalhava, já que os empresários não conseguiam pagar os funcionários por conta da crise do coronavírus.
“Vai perdurar por um tempo essa falta de emprego. Eu dependia do meu trabalho para sustentar minha esposa e meus filhos”, lamenta. Para se virar enquanto um novo emprego não aparece, ele deve se tornar autônomo, prestando assistência técnica de celular.
Laura Moura, de 22 anos, chegou cedo para dar entrada no seguro desemprego e conta que foi demitida há cerca de um mês. Ela trabalhava como auxiliar de produção e diz que primeiro os funcionários ganharam férias coletivas, mas logo foram demitidos. Enquanto a situação não melhora, ela faz um curso online para incrementar o currículo.
Júnior Gregorius, de 34 anos, trabalhava como auxiliar de restaurantes e foi demitido devido ao baixo movimento no setor. “Não vai ser fácil, a concorrência aumentou com a pandemia, muita gente sem emprego. Vou procurar me atualizar”, diz.
Junior conta que é a quarta vez que comparece à Funtrab, mas só dessa vez resolveu enfrentar a fila. Ele acredita que é uma falta de respeito ficar na rua e no sol por tantas horas.
Dona de um comércio próximo à Funtrab, Kerlla Maragon diz que se assusta com as dificuldades que as pessoas passam para dar entrada no seguro desemprego. “Eles já estão sem trabalhar, ficam aglomerados, sem água e banheiro, debaixo do sol por até cinco horas na fila. É uma falta de humanidade, está todo mundo sem emprego”, diz.
O diretor-presidente da Funtrab, Enelvo Felini, explica que já foram distribuídas 145 senhas pela manhã. Ele conta que devido ao isolamento social, não pode colocar muitas pessoas dentro da Funtrab, mas todos podem utilizar o banheiro desde que não haja aglomeração. Além disso, para evitar a transmissão do vírus, os funcionários trabalham em escala diferenciada, fazendo com que a espera aumente.
“Ressaltamos que as pessoas podem sair e voltar para a fila, eles têm a senha e não tem como ninguém passar na frente”, frisa. Felini ainda ressalta que todos que procurarem a Funtrab até as 17h30 receberão as senhas e serão atendidas.
Pessoas que perderam empregos para o Coronavirus formam fila na Funtrab em busca de oportunidades.
Posted by Jornal Midiamax on Thursday, April 23, 2020
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