Com coronavírus, tecnologia avança e igreja usa home office para ‘manter rotina’ e chegar aos fiéis
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) forçou o isolamento das famílias, inclusive com decretos do poder público contra aglomerações. Como consequência, reuniões públicas que podem reunir centenas de pessoas estão proibidas até segunda ordem. A Arquidiocese de Campo Grande e outras igrejas da Capital entenderam o recado e, quase que imediatamente, recomendaram aos fiéis que […]
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A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) forçou o isolamento das famílias, inclusive com decretos do poder público contra aglomerações. Como consequência, reuniões públicas que podem reunir centenas de pessoas estão proibidas até segunda ordem. A Arquidiocese de Campo Grande e outras igrejas da Capital entenderam o recado e, quase que imediatamente, recomendaram aos fiéis que acompanhassem as celebrações em redes sociais. Porém, não é apenas aí que a tecnologia foi a solução para a rotina da Igreja Católica.
Seguindo várias recomendações usadas em home offices, como a realização de webconferências e adoção de aplicativos de troca de mensagens para resolver dificuldades de comunicação, a Paróquia Cristo Rei, da região da Coophavila II, em Campo Grande, vem tentando manter, minimamente, sua rotina de trabalho.
“Fazemos reuniões virtuais no dia a dia, conversando também sobre o momento pelo cada pastoral passa e tomando decisões para a nossa caminhada”, explicou o padre John Paul, pároco da Cristo Rei. O aplicativo de reuniões virtuais Zoom foi a forma de permitir as reuniões “presenciais”.
“Estamos nos ligando através dos aplicativos de videoconferência para saber como as lideranças estão. Não são só eles quem cuidam da Igreja, a Igreja também tem de cuidar deles, de tudo o que precisam e de palavras de apoio e esperança”, prosseguiu o padre.
Outra alternativa foi o uso do WhatsApp para passar mensagens às famílias de crianças que estão na catequese, a fim de se manterem firmes. “No momento temos divulgado essas mensagens de esperança porque nem todas as crianças têm facilidade de informática ou acesso às redes sociais. Então, continuamos nos comunicando”, disse. O Instagram é outra ferramenta usada para divulgação das mensagens.
O padre reforçou que, apesar do momento difícil, “cada família se tornou uma igreja pequena. A evangelização continua, a missão não para. Cada família continua celebrando conectada pelas redes sociais”.
Insubstituível
Apesar dos elogios à tecnologia, o padra John Paul apontou que esta é apenas uma alternativa usada. “Nada substitui a missa presencial, mas nada melhor, ao menos, estarmos conectados virtualmente”. “É nos momentos difíceis que o mundo rouba as esperanças do povo, que perde a fé nessas horas. Estando mais presente na vida das pessoas pelas redes sociais, conseguimos ficar mais perto das pessoas”.
As transmissões da Cristo Rei pelas redes sociais devem ser intensificadas nos próximos dias. Missas, a Adoração ao Santíssimo e o Terço dos Homens são transmitidos pelo Facebook. Na Semana Santa, a intenção é divulgar online, ao vivo, as atividades, e instigar as famílias a participarem de suas casas tanto da Missa do Lava-Pés como das da Sexta-Feira da Paixão e de Páscoa.
A prática será mantida até que as autoridades de saúde digam ser novamente segura a realização das missas presenciais. E, para aqueles que têm comparecido à Igreja para participar das transmissões, são exigidas medidas de higiene e distanciamento físico para evitar a possibilidade de contaminação.
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