Sem documento para trabalhar, venezuelanos enfrentam chuva para pedir

Mesmo debaixo de garoa, Nolgris Reys, de 31 anos, pede ajuda aos motoristas na Afonso Pena em Campo Grande neste sábado (6). Venezuelana, ela está em Campo Grande há pouco mais de uma semana e chegou ao território brasileiro há um ano. Nolgris já conseguiu uma oportunidade para a família na cidade, mas pede ajuda […]

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Mesmo debaixo de garoa, Nolgris Reys, de 31 anos, pede ajuda aos motoristas na Afonso Pena em Campo Grande neste sábado (6). Venezuelana, ela está em Campo Grande há pouco mais de uma semana e chegou ao território brasileiro há um ano. Nolgris já conseguiu uma oportunidade para a família na cidade, mas pede ajuda no semáforo para ajudar quem ficou no seu país de origem.

Sem documento para trabalhar, venezuelanos enfrentam chuva para pedir
Nolgris pede ajuda no semáforo próximo à Fiems. (Foto: Minamar Júnior)

Com sua família, ela passou por Manaus e Cuiabá até chegar à capital sul-mato-grossense. Em poucos dias, conseguiu ajuda de um empresário dono de um frigorífico, que lhe ofereceu emprego e casa para morar. Com os documentos atrasados, ela ainda aguarda pela regularização no novo país, mas já tem um lar para abrigar sua família na Capital.

Ao todo, são 10 pessoas na família, sendo quatro adolescentes, que já conseguiram uma vaga em escola pública e começam na próxima segunda-feira (8). Nolgris conta que tem mais 10 pessoas da família em Cuiabá, mas a preocupação mesmo é com quem ainda não conseguiu deixar a Venezuela. Segundo ela, a rotina é de dificuldade, quando há empecilhos até mesmo para comprar água.

No semáforo, ela pede ajuda enquanto não consegue trabalhar, para assim conseguir enviar alguma ajuda para os parentes que ficaram no país vizinho. A presença de imigrantes está cada vez mais perceptível nas ruas da Capital, quando muitos procuram emprego para se manter na cidade.

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