Tradicional travessia de Padroeira emociona e fiéis contam histórias de milagres
A festa dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, conhecida como autora de milagres e Padroeira do Brasil há 89 anos, reúne milhares de católicos em diversas comunidades de Campo Grande neste sábado, dia 12 de outubro. O dia é comemorado com procissões, a travessia da Santa no rio e a tradicional missa com a […]
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A festa dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, conhecida como autora de milagres e Padroeira do Brasil há 89 anos, reúne milhares de católicos em diversas comunidades de Campo Grande neste sábado, dia 12 de outubro. O dia é comemorado com procissões, a travessia da Santa no rio e a tradicional missa com a coroação da Padroeira. A imagem de Nossa Senhora foi localizada no Rio Paraíba do Sul por três pescadores no ano de 1717 e desde então, fiéis contam histórias de milagres e intercessões em todos os cantos do país.
A 29ª Romaria começa com a tradicional caminhada até a Paróquia São Vicente Pallotti, localizada na Vila Albuquerque. Milhares de fiéis seguem das comunidades até o local onde é realizada a missa e coroação de Nossa Senhora Aparecida. A estimativa é que 10 mil pessoas participem da festa.
“É dia de devoção e celebração porque Maria é devoção popular. Na missa é o momento de recolher as promessas e entregar a Maria”, enfatiza o padre Rodrigo Menegatti.
Um dos milagres foi concedido a Andreia Nunes, 34 anos, que participa há muitos anos da Romaria. Dessa vez só teve uma diferença, ela seguiu com os pés descalços o trajeto do bairro Itamaracá para cumprir uma promessa, pela saúde da mãe e restauração do casamento.
“Vinha sempre com minha mãe, mas há cerca de dois anos ela não podia vir porque teve problemas de saúde. Mas minha benção foi concedida, hoje ela veio comigo e meu casamento foi restaurado. Vim descalça como forma de agradecimento porque Nossa Senhora é o alicerce da minha vida e da minha casa desde criança”, diz.
A caminhada dos fiéis durou cerca de duas horas, sendo que participam três paróquias, Divino Espirito Santo, São Martinho de Lima e Santa Rita de Cássia, totalizando 24 comunidades católicas.
Travessia no rio
Pelo terceiro ano, a comunidade da Paróquia Senhor Bom Jesus realiza a travessia de Nossa Senhora na Lagoa Itatiaia, por uma embarcação. Cerca de 400 pessoas acompanham o evento e agradecem pelos milagres recebidos. “O país é muito devoto. Alimentar a espiritualidade é muito importante para que sempre façamos a opção pelo caminho do bem”, disse o coordenador da comunidade, Reginaldo Gonçalves.
No local, pães em forma de peixe e a travessia da Santa emocionaram os fiéis. “Minha filha foi diagnosticada com leucemia quando tinha três meses e alcançou a graça. Voltei ao médico e agora com sete meses, ele não encontrou nada”, lembra a mãe Caroline Gonçalves, 41 anos.
Já Fernanda Garcia, 30 anos, estava em Campo Grande para visitar a avó e ficou longe dos pais, que não tinha condições de retornar para buscar a filha. Ainda criança ela pedia a Nossa Senhora o pai de volta. “Eu não tinha boneca e fazia Nossa Senhora de boneca. Eu via a minha avó pedir muito para ela e então no dia 12 de outubro eu pedi para trazer meu pai de volta”, conta.
“Nesse mesmo tempo ouvi alguém batendo o pé como se estivesse tirando terra do sapato, quando abri a porta meu pai estava lá”, diz emocionada. Desde então, Fernanda participa cantando nas missas, como forma de agradecimento.
Aparição de Nossa Senhora
Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro estavam de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica. O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba do Sul com a intenção de oferecerem peixes ao conde.
Três pescadores rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus. Após várias tentativas sem sucesso, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu. Eles já iriam desistir da pescaria quando um deles jogou sua rede novamente e em vez de peixes, apanhou a imagem da Virgem Maria, sem a cabeça. Ao lançar a rede novamente, pegou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço.
Após terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la. Foi quando os três pescadores capturaram tantos peixes que se viram forçados a retornar ao porto, já que o volume da pesca ameaçava afundar as embarcações.
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