Sepultar ente querido em MS custa em média R$ 2,5 mil
Sepultamentos são um dos momentos mais difíceis da vida. Além da dor da despedida, é preciso lidar com as questões básicas e burocráticas, como escolha de caixão do jazigo, das flores, do caixão e da liturgia religiosa. Garantir a boa execução de cada etapa é a competências do serviço funerário. Mas, como não há almoço […]
Guilherme Cavalcante –
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Sepultamentos são um dos momentos mais difíceis da vida. Além da dor da despedida, é preciso lidar com as questões básicas e burocráticas, como escolha de caixão do jazigo, das flores, do caixão e da liturgia religiosa. Garantir a boa execução de cada etapa é a competências do serviço funerário. Mas, como não há almoço grátis, o custo de enterrar um ente querido pode ser alto.
Em MS, segundo estimativa da Abredif (Associação Brasileira de Empresas e Diretores Funerários), um sepultamento pode custar em média R$ 2,5 mil. Este é o valor para garantir que estrutura básica, que inclui urna funerária, velório e sepultamento.
O presidente da Abredif, Lourival Panhozzi, destaca que o valor é estimado e que depende do porte do sepultamento. Segundo ele, apontar um custo médio nacional é difícil, porque a caracterização de velórios e sepultamentos varia tanto em relação aos estratos sociais como em relação à características cultuais de cada região.
“Muito difícil você traçar um padrão brasileiro, já que um funeral é carregado de elementos culturais, de costumes, de tradições regionais. Cada região tem seu padrão. Mas, há os custos básicos. A questão é que cada item podem sofrer variação de acordo com esses aspectos culturais”, destalha Panhozzi.
Desse valor estimado, o custo mais alto costuma ser o do caixão, que representa em média 28,18% do total, seguido pelo transporte – 28,31%. O velório representa 14,8% enquanto o sepultamento reflete 13,65% do total. Decoração, como coroa de flores, candelabros, velas e demais utensílios, são 11,63% do total. Outras despesas representam 3,34%.
Mercado
O custo para garantir a estrutura mínima de um sepultamento também gira a máquina econômica. É um serviço essencial para o qual sempre há demanda e que gera muitos empregos. Mas, engana-se quem pensa que ele não é afetado pela crise.
“Esse é um grande mito, o de que funerária não tem crise. É um grande engano, porque a quantidade que se gasta está relacionada diretamente ao momento econômico. Quem está com a situação financeira regularizada consegue gastar mais para homenagear. Mas, quando o cinto aperta, é preciso rever as prioridades”, destaca.
Uma das questões que envolvem essa complexa conta matemática é que não existe nenhum tipo de calendário da morte, por assim dizer. “Você precisa garantir o funcionamento de uma estrutura. Se existe uma estimativa média de falecimentos por dia, vamos supor, de 2 pessoas, pode ser que em determinado dia ninguém morra. Mas, em outro, podem falecer 6. E a funerária precisa garantir todos esses sepultamentos”, detalha Panhozzi.
Organização
De acordo com o presidente da Abredif, Mato Grosso do Sul é um dos Estados brasileiros onde o segmento é mais organizado, inclusive no aspecto de normas. “É um exemplo para o Brasil, até mesmo pelo tamanho. Como é um pouco menor é mais fácil você aproximar os interesses. Tanto as empresas conseguem dialogar melhor com os poderes públicos como as famílias conseguem negociar melhor com as empresas”, destaca.
Proprietária da Pax Real em Campo Grande, a psicóloga Raissa Ramos Ferreira preferiu não comentar custos, por considerar que a proximidade com o Dia de Finados tornaria o assunto momentaneamente inadequado.
“O Dia de Finado é um dia de saudade, de homenagens, não de pensar em custos e despesas. E o nosso segmento é muito preocupado com acolhimento humanizado. Mas, posso destacar que esses custos variam. Já tivemos uma concorrência bem mais acirrada e sabemos que na crise as pessoas acabam optando por soluções mais simples”, destaca a psicóloga.
Para quem não pode pagar
No caso de algumas pessoas em situação de vulnerabilidade, nos quais arcar com as despesas de um sepultamento é economicamente inviável, a Prefeitura de Campo Grande pode oferecer assistência funerária.
Para solicitar o Benefício Eventual, o cidadão deve procurar a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) ou ligar para o telefone de plantão. “A oferta desses benefícios também pode ocorrer por meio de identificação de pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade nos atendimentos feitos pelas equipes da Assistência Social”, traz comunicação da SAS..
O Serviço Funeral, portanto, é gratuito. Ele inclui urna funerária, velório e sepultamento, além da capela e é voltado às pessoas que residem no município de Campo Grande, com renda per capta de até meio salário mínimo por família. Antes de conceder o benefício, a família passa por uma triagem realizada pela equipe técnica de plantão.
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