#Retrospectiva: O ano de queimadas fora de controle em Mato Grosso do Sul

O ano de 2019 foi um dos anos mais secos em relação do clima dos últimos tempos em Mato Grosso do Sul. Com longos dias sem nenhuma gota de chuva, as queimadas se tornaram incontroláveis e fez com que o Governo Federal chegasse a reconhecer situação de emergência em cidades do estado. O mês de […]

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Queimada em MS (Divulgação)
Queimada (Divulgação)

O ano de 2019 foi um dos anos mais secos em relação do clima dos últimos tempos em Mato Grosso do Sul. Com longos dias sem nenhuma gota de chuva, as queimadas se tornaram incontroláveis e fez com que o Governo Federal chegasse a reconhecer situação de emergência em cidades do estado.

#Retrospectiva: O ano de queimadas fora de controle em Mato Grosso do Sul
Foto: Chico Ribeiro/Governo de MS

O mês de setembro foi o mais caótico para os bombeiros e brigadas de incêndio em Mato Grosso do Sul. Nos 23 dias que decorreram o mês sem chuva, foi estimado que o fogo consumiu 173 mil hectares do Pantanal.  Aproximadamente 200 homens trabalharam no combate, divididos em duas bases.

E se enganou quem achava que os militares combateram as chamas apenas com o auxílio de mangueiras nos caminhões tanque. Em reportagem do Midiamax, o Corpo de Bombeiros do estado explicou que os incêndios, na maioria das vezes, são combatidos ‘no braço’, com a ajuda de abafadores.

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Foto: Marcos Ermínio

Com esses equipamentos em mãos, os bombeiros precisam ter uma disposição física para conseguir controlar as chamas. E diferente do que a maioria das pessoas acreditam, a água é usada apenhas depois para o rescaldo do incêndio.

Um desses incêndios que os militares precisaram trabalhar incansavelmente, foi a queimada que atingiu área urbana de Bodoquena. Na época, suspeitava-se que o incêndio teria começado de maneira criminosa e levou cerca de 18h para ser controlado. As chamas chegaram a atingir 200 hectares da área rural e moradores afirmaram ter passado por momentos de terror.

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Avião do 2º Esquadrão de Aviação Operacional do Corpo de Bombeiros do DF que atuou no combate aos incêndios em MS

Outro ponto de MS que foi consumido pelo fogo e teve 35 mil hectares destruídos, foi o Refúgio Ecológico Caimam, em Miranda. Uma equipe dos bombeiros precisou sobrevoar o local de helicóptero para verificar a intensidade dos danos e se outras áreas poderiam estar ameaçadas.

Vale lembrar que a intensidade das queimadas foi tamanha no Pantanal, que uma névoa de fumaça chegou a encobrir o céu de Campo Grande, a 440 km da região onde o fogo tomava conta. Os moradores dos bairros Santo Amaro, Rita Vieira, Centro, Parque dos Poderes, Vila Margarida, União entre outros, relatam a respeito da névoa.

90% das queimadas foram provocadas por humanos

Dados da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul) apontaram que neste ano foram 5.026 focos de incêndio registrados em Mato Grosso do Sul e 2.913 apenas em Campo Grande – no ano passado inteiro foram 4,6 mil focos. Deste total, 90% das queimadas são provocadas.

Desde o dia 23 de agosto, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), época de seca no estado, começaram a acompanhar a situação das queimadas em MS por uma Sala de Monitoramento – com dados sobre focos de calor, de onde originam os incêndios.

Na época, foi identificado que os focos de incêndio estavam mais concentrados principalmente no Pantanal, como nos municípios de Corumbá, Porto Murtinho, Bodoquena, Miranda e Aquidauana.

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Região atingida pelo fogo. (Divulgação, Cedec-MS)

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